PALAVRA POR PALAVRA
Com seu bigode à la Sarney, Aloízio Mercadante desceu do seu gabinete no Ministério da Educação onde não faz nada do que tem que fazer e veio a planície para desmentir a delação premiada de Delcídio Amaral que o acusa de tentar comprar seu silêncio quanto às maracutaias que cometeu em nome do PT, de Lula e da Dilma Vana.
Mercadante, um dos aloprados do famigerado Dossiê Tucano, desmentiu peremptoriamente Delcídio Amaral.
Ele acha que com isso, limpa a barra e tudo via seguir como dantes no quartel dos Mercadantes.
Bolas, Mercadante pode dizer o que bem quiser e o que bem lhe aprouver para a imprensa, para seus companheiros de partido, seus asseclas de governo e para sua cúmplice de todas as horas desse governo destrambelhado e fora de controle, Dilma Coração Educador. O que conta é que o Delcídio é quem tem acordo de delação premiada.
A palavra de Mercadante vale tanto quanto o fio do bigode de Sarney. Vale a mesma coisa que a palavra de todos os inocentes que hoje ocupam as celas superlotadas do sistema penitenciário brasileiro. Ali, são todos inocentes.
Delcídio tem o selo de garantia do pavor de, em sendo flagrado na mentira, ele tenha que volar para a cadeia sem nenhuma regalia, sem direito sequer ao gozo de uma boa prisão domiciliar com direito a braceletes chaveados e tornozeleiras eletrônicas.
Já a palavra de Mercadante é a palavra de Mercadante. Acredite, se quiser e quem quiser. É palavra pura e simples de político, sem garantia de credibilidade. E palavra de político, sabe como é, conspira contra a palavra do próprio político.
Muito mais do que isso, palavra por palavra, a avaliação entre o que diz Delcídio e o que fala Mercadante, acaba mesmo é lá na cabalística Vara 13 do juiz Sérgio Moro.
O resto é jus sperniandi; choro de quem pertence a um governo que, segundo o profeta Zé Dirceu, "não rouba nem deixa roubar".
Quer queiram quer não queiram, depois da delação de Delcídio Amaral, o Tal, nada vai ficar como dantes no quartel dos Mercadantes.