DEMOCRACIA PALACIANA
O governo já decidiu, apenas estuda o jeito de aumentar impostos que não precisam passar pelo Congresso. A banda econômica de Dilma faz as contas para tentar reduzir o rombo do orçamento que deve chegar a 35 bilhões de reais. É a isso que se chama democracia de gabinete. Meia dúzia de luminares da República se juntam intramuros e decidem o que é bom pra tosse de 204 milhões de pagadores de impostos que não retornam em serviços essenciais como saúde, transporte, educação, segurança pública. Mais que democracia de gabinete, uma ditabranda. Branda, por enquanto.
FRONTEIRAS DE BABEL
É tanto refugiado imigrando pelo Mediterrâneo e o diabo a quatro para tudo quanto é país da Europa que logo, logo o idioma oficial no Velho Continente vai ser o esperanto.
FLAUTA DOCE
De um flamenguista debochado: - O Vasco vai cair tão cedo na Segundona que ainda vai ter tempo de enfrentar o Botafogo.
CONTAS CERTAS
Pelas contas da Polícia Militar de Brasília, Dilma Coração Solitário desfilou ontem em carro aberto para um público boquiaberto de 25 mil pessoas. Até que enfim alguma conta ligada a Dilma pode estar certa: é que, casualmente, o cerimonial do Palácio distribuiu 25 mil convites para portadores de carteirinha de aliado. E assim mesmo, Dilma ouviu vaias por cima do muro de aço que a preservava do povo.
CINCO CANDIDATOS À
REFORMA MINISTERIAL
E então, afora o ínclito filho de Jader Barbalho, nada menos de cinco dos seis ministros do PMDB não compareceram ao palanque que neste 7 de Setembro abrigava Dilma Coração Solitário e seus aduladores mais chegados.
SEM PODER E
SEM PRECONCEITO
Aí, depois do desfile, falando para repórteres que ainda perdem tempo com ele, Zé Eduardo Cardozo, ministro da Justiça do Governo do PT, tentou minimizar o fato com a sua peremptória idiotia: "A ausência desses ministros não significa absolutamente nada".
Entrementes, os ministros ausentes justificaram o carão que deram na Dilma que os convidou para dançar dizendo, cada um deles, que tinham "coisas mais importantes para fazer". E diziam isso com um já manjado olhar perdido de adeus.
Se Dilma Coração Partido mandasse mesmo alguma coisa, começaria hoje mesmo a anunciada redução ministerial botando esses cinco rebeldes no olho da rua. Mas, ela não é homem bastante para isso. E antes que pensem em qualquer tipo de preconceito, já vou dizendo: a Ângela Merckel seria.
OS DESFILES CÍVICO-MILITARES
Conta a História que, um dia, constipado, às moitas e margens do riacho Ipiranga, dom Pedro irritado com o jugo paterno, gritou alto e bom som: "Bortugal que bá à berda... Eu quero bais é Indebendênzia!"
E de lá pra cá, sem disparar-se um tiro, seu usar-se um canhão, um tanque de guerra, deu-se a Independência do Brasil.
Agora, sabe-se lá por que cargas d'água, ano após ano se repetem esses monumentais desfiles "cívico-militares", justo numa democracia que já se acostumou a ouvir o Hino Nacional todo santo dia que tenha um jogo de futebol.
Esse desfile cívico-militar detonado ontem por Dilma em sepulcral silêncio na Esplanada do seu governo, foi a mais completa tradução dos desfiles abertos e conduzidos por Adolf Hitler no auge do 3º Reich.
Joseph Goebbels, ministro da propaganda do Reich na Alemanha era quem distribuía os convites.
Ah, sim e o Fuhrer desfilava em carro aberto para gaudio de sua plateia agradecida. E não, os desfiles nazistas não tinham muros de aço... Isso, Zé Eduardo Cardozo, ministro-arauto de Dilma, há de justificar: - Hitler não tinha só 7% de popularidade.