UM DELATOR É O DESTINO
Uma notícia, quase rodapé: Sérgio Moro homologou nesta terça-feira, o acordo de delação premiada de Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura. Mais um - diriam quase todos. Só que não.
Fernando Moura é acusado de ser sócio de Zé Dirceu nas negociatas com a Petrobras. Ele é agora, como delator premiado, o destino de Zé Dirceu que pode ser o destino de Lula que sempre foi o destino de Dilma.
Seguinte que dez e dez são vinte, Fernando Moura conta tudo e Dirceu escolhe: vira delator ou mofa na cadeia. E se mofar na Papuda que é seu domicílio preferido em termos de vida de cárcere, mofará para o bem de Lula - que nunca mais lhe telefonou e para gáudio de Dilma que já lhe virou as costas há muito tempo.
Pode ser que eu me engane, mas agora vai. Ou não. Sabe como é o destino dessa gente: eles podem até estar no caminho certo, mas sempre na contramão. E o avesso com eles dá no mesmo: eles podem até estar no caminho errado, mas sempre estarão bem à mão.