STOP, BRASIL DA SILVA!
Stop que esses caras vão ter que descer
A sensação de impunidade deu mais ousadia ao governo Lula do que qualquer receio pelo estrago que o Mensalão poderia causar nas facções aliadas que arrombavam as burras públicas.
Tanto é que, com o mesmo destemor, o Mensalão foi logo substituído pelo Petrolão, por uma pandilha de siglas partidárias, cúmplices na missão escabrosa de uma regência que não rouba nem deixa roubar.
A quadrilha só não contava era com a astúcia da força-tarefa da Operação Lava Jato. É por isso que hoje, o Brahma do Clube dos Empreiteiros, anda de olho arregalado, falando como quem está engasgado e pronto para chutar o pau da barraca e denunciar que, uma vez mais, foi apunhalado pelas costas.
Não é nada, não é nada, só nesse fim de semana, Ricardo Pessoa, dono da UTC, já delator premiado e Nestor Cerveró, pau de galinheiro na Petrobras que pretende ser promovido a delator, desafiam os astros cadentes do crime organizado que tomou o Estado de assalto.
Eles disseram coisas que abrem a porta do purgatório, antessala do inferno que já se avizinha do núcleo central dos arrombadores da arca do tesouro nacional.
Ricardo Pessoa, da UTC foi claro, curto e grosso: "Por dez anos, paguei 20 milhões e meio de reais ao PT: de 2004, sob o governo Lula a 2014, sob o governo Dilma".
Já Nestor Cerveró, candidatando-se a fechar um já quase tardio acordo de delação premiada, disse e não mandou dizer ao Ministério Público: "O contrato de Pasadena rendeu mais de 15 milhões de dólares em propina, dos quais 4 milhões de reais foram dados como 'adiantamento' para a campanha de Lula".
Epa, opa! Stop com o Brasil da Silva! Stop que esses caras vão ter que descer.
Mas, eles ainda têm tempo para estofarem o peito e deixarem no ar a ameaça de que, se tudo der errado e a cadeia for inevitável, eles vão chamar os exércitos de Stédile, dos "movimentos sociais", dos pelegos e dessa neo-frente popular às ruas, que eles "são bons de briga"...
Eles ainda acham que têm tempo, posto que a força-tarefa da Lava Jato, não tem pressa e ainda acha que Cerveró disse muito pouco de tudo quanto sabe e pode revelar, para merecer a promoção ao posto de delator premiado, mais alto e mais acreditado cargo dessa sobressaltada República dos Calamares.