INDA QUE MAL PERGUNTE...
Quando é que é crime de tráfico de influência internacional um presidente de qualquer república, mesmo que a república seja a do Brasil da Silva, fazer lobby em nome da sua pátria amada, por grandes empreitadas em obras para outros países:
1) Quando as obras são sempre superfaturadas e financiadas por um banco amigo, companheiro bom e batuta como o BNDES;
2) quando as empreiteiras são as mesmas de sempre;
3) quando as mesmas de sempre patrocinam viagens, hospedagens e palestras internacionais do presidente que, por isso, fica milionário;
4) não é crime nunca nesse país - só inveja da oposição que não pode fazer o mesmo?
VAMOS DAR CORDA PARA O LULA
Vamos fazer de conta que Teori Zavascki e Rodrigo Janot - ambos indicados pelo governo do PT para os cargos que ocupam - vão levar a sério o pedido do delegado da Lava Jato para Lula da Silva prestar depoimento sobre o esquema da Petrobras...
Uma vez concedida a autorização, isso seria uma coisa nunca vista antes na história desse país. Nem o Fernandinho Beira-Collor que é o Fernandinho Beira-Collor, pagou esse vexame.
Mas, ora bolas, carambolas, para que perguntar pro cara se a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Vara do juiz Sérgio Moro e a torcida do Corinthians já sabem que:
1) As maiores construtoras do Brasil pagaram e querem continuar pagando vantagens indevidas em contratos celebrados com diretorias da Petrobras;
2) Que os partidos da base aliada PT, PMDB, PT indicaram os nomes certos e sabidos para assumir as diretorias que possibilitam o funcionamento do esquema de propinas que corria frouxo;
3) O governo federal está metido nisso até à medula - se é que invertebrados têm medula - porque os diretores eram indicados pela base aliada, à qual recompensava com apoio político;
4) Pelo menos nove ministros são tidos e havidos como beneficiários do esquema que já completou dez risonhas primaveras.
Então eu acho que, ao pedir para o Supremo permissão para perguntar ao Lula alguma coisa agora sobre o que já se está sabendo, esse delegado choveu no molhado. O melhor nesse momento é fazer como diria o folclórico Vicente Matheus, antigo presidente do Corinthinas: "Vamos dar mais corda para Lula se apunhalar pelas costas".