A BOMBA QUE VIROU TIRO NO PÉ
Então tá, como o Brasil está fora de controle em saúde, educação, transporte, segurança pública, custo de vida, honestidade e governo, vamos falar de novo naquele atentado a nossa inteligência e à sede do Instituto Lula.
Lula não tugiu nem mugiu; ficou de colarinho maduro deixando o chopázio de Brahma ficar choco.
Mas o que causa consternação nas hostes atingidas nem é o tal ataque à casa de palestras de Lula; o que causa espanto e dá até medo na gente é a indignação da pandilha que se diz atacada diante da reação dos brasileiros e da imprensa que chamou o artefato de "bomba caseira" e não tratou do factoide como um "ato terrorista", ou como um atentado político ao seu grande mentor, amo e senhor, uno, indivisível, vitalício e falível.
Irados, eles vituperam e vociferam diante do deboche com que, merecidamente, foi recebida pelo povo a armação que não logrou o resultado esperado. A bomba do Rio-Centro virou um tiro no pé do Instituto Lula.
Não feriu ninguém, por que não era mesmo para ferir; o sinalizador apregoado não repercutiu além da calçada da fama lulática; nem doeu nada a ninguém, menos à turma que planejou o estrondo de um rojão que virou traque. Nessa turma doeu o tiro no pé.
Cá pra nós, de minha parte, em verdade lhes digo: não tenha medo de terrorismo de festim, nem de pseudos guerrilheiros. Tenha medo, isto sim, é da encenação que fazem em torno disso. Esses atentados de araque, são que nem feitiço de esquina urbana: não tenha medo do feitiço, tenha medo do feiticeiro - ele faz de tudo para sua mandinga dar certo.
Nesse palco de hipocrisia e safadezas republicanas dessa democracia reinventada, quase sempre o bandido vira mocinho. Esse foi só mais um filmezinho de Drácula. Mais uma vez o mordomo era o bandido desse filme de vampiro. E usava colarinho branco.
RODAPÉ - Quando Lula prometeu que iria "reinventar" a democracia, ele pensava mesmo era em inventar um rei para o regime brasileiro. Então rei/nventou-se. E se alguém é candidato a súdito de libertinos dessa natureza, eu me darei o direito de usar a Medida Provisória do Facebook, o bloqueio amplo, geral e irrestrito do meu espaço invadido e desrespeitado. Se para a Dilma, campeã das Medidas Provisórias, a artimanha é democrática, por muito maiores e melhores razões o bloqueio é a melhor fronteira para a liberdade de expressão.