MAIS UM BOFETÃO
Lula pede para Michel Temer continuar na articulação política. E o pavão misterioso pensa que é pela sua bela cauda de contatos de terceiro grau. Lula quer Temer a seu lado porque não quer o PMDB contra. Brahma, o rico político das grandes empreitadas, sabe que sem a sociedade com o partido que nunca larga o osso do poder, o PT não ganha eleição nem para presidente do Vasco da Gama.
Em todo caso, essa declaração de promiscuidade explícita serve para mostrar com quem é mesmo que os brasileiros estão metidos.
Se Michel Temer resolver ficar na chamada articulação política, será só mais um bofetão no prestígio de Dilma Vana, a president@ que ninguém quer, ninguém ama. Ela pede, Temer não fica; Lula pede, Temer não vai.
ORA, DIREIS, OUVIR O GOVERNO...
Quando falo em democracia de gabinete, podem ler golpe de gabinete. Lida assim, desse jeito, a expressão quer dizer governo. Então me perdoem o baixo calão. Governo é hoje, uma das expressões mais chulas da língua brasileira; mais que só da língua, é a mais chula da alma brasileira.
Governo é palavrão. É sinônimo de que os donos da democracia de gabinete, estão nos dando o golpe baixo de fazer nome-feio com a gente. E só eles gozam.
Não que a gente esteja se sentindo frustrado porque não goza; a gente se sente mal porque não é com eles que os brasileiros querem ter essas intimidades; com esses poderosos aproveitadores da fragilidade popular os brasileiros se sentem estuprados.
E quanto maior e mais forte for o governo, menor será a possibilidade de resistência das pessoas de bem; maior será a impotência do povo, do cidadão.
O governo brasileiro governa demais e só faz o que não tem e não deve fazer. E o governo aqui é como o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais. Se você aí, ainda não se deu conta, tudo nesse país encolhe à medida em que o governo cresce.
As liberdades vão encolhendo, a nossa individualidade vai se desmilinguindo, enquanto as diferenças sociais aumentam e o nosso caráter se desmancha até parecer-se com a índole daqueles que estupram a democracia.
Isso não tem nada a ver com direita, esquerda, centro, partido político, ou com quem quer que seja que se diz, se faz ou que esteja no governo.
Não é nem mesmo pela Dilma Vana, posto que se Lula, ou FHC estivessem no governo, estariam lá agindo da mesma forma como Dilma faz e acontece sem nada fazer acontecer daquilo que ela prometeu quando deu um jeito de ser eleita.
Esse papo é longo. Seria cansativo, como já foi até aqui, tratar desse drama nacional de uma só vez. Por isso mesmo, vou ficar falando de governo - desculpem a expressão - ao longo de minhas edições por aqui. Vou falar de governo - Epa! - devagar e sempre.
Pode ser que assim a gente encontre um jeito de escapar dessa gente, antes de ter que dar ouvidos uma vez mais à ordem de relaxar e gozar que sempre cai tão bem na boca de Marta Suplicy - a musa infiel do PT que agora é do PMDB.
Vou meter o pau nesse tipo de governo e nesses tipos do governo o tempo todo, texto a texto. Fazer com o governo e com eles do governo o que eles fazem com a gente. Quem for brasileiro que me siga.