A CEIA DOS CARDEAIS
Na terça-feira, sem medo de ser feliz, Dilma Vana reuniu a cúpula do Executivo e do Judiciário num arremedo de ceia dos cardeais na farta mesa do Palácio Alvorada.
Fartaram-se de comer a nossa custa com aquela que, mais cedo ou mais tarde poderão estar julgando, os supremos ministros Lewandowski, Rosa Weber, Dias Toffoli, Luiz Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin. Estavam por lá também os ministros da casa, Mercadante e Zé Eduardo Cardozo.
O Luiz Inácio, da Família Adams lá da Advocacia Geral da União pelo governo sentou ao lado do presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, assim mesmo com o chapeuzinho e tudo no nome, apenso que não tirou de cima nem mesmo na hora em que usou os talheres.
O procurador-geral Rodrigo Janot estava lá rente que nem pão quente, no tal jantar que, segundo o cerimonial, tinha como razão de ser a celebração do Dia do Advogado.
E talvez até seja por isso que o ministro Marco Aurélio de Mello não atendeu ao convite que lhe foi feito. Não, não foi por causa do Dia do Advogado que Marco Aurélio não entrou nessa fria; ele não foi nessa porque naquele tal de "amanhã ou depois" ele poderá estar julgando a anfitriã e uns que outros convivas do regabofe.
O jantar era tanto pelo Dia do Advogado que ninguém sabe dizer onde foi que meteram o convite para o juiz Sérgio Moro. Ah, isso não importa. Sérgio Moro mandaria enfiá-lo justamente aonde, neste momento, você acha que socaram o convite.