O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

31 de ago. de 2015

ORA, DIREIS, OUVIR LULA

Lula, o Brahma, empresário preferido por dez entre dez empreiteiros, pode ser convocado para ser ouvido na CPI do BNDES. Os parlamentares querem saber melhor das coisas e loisas que cercam o misterioso e intrigante empréstimo que garantiu a construção do porto de Mariel, em Cuba.

Ora que besteira. O Luciano Coutinho, dono do banco já foi lá nessa mesma CPI umas três ou quatro vezes, deitou e rolou, imagine então o que não vai fazer o cara que botou o Coutinho nessa boca rica.

CPI que se preza, fala sozinha e olhe lá. Quanto mais cedo terminar, melhor. E é ótimo para o Brasil quando nem começa.

PENSANDO BEM
Essa exumação do cadáver da CPMF, o imposto de achaque ao cheque, antes de ser descartada acabou cumprindo o seu papel: desviou as atenções do impeachment para cima dos impostos. Ainda que atingida em cheio pela sua própria malvadeza Dilma Vana pelo menos garante, por mais um tempo, as suas entradas e saídas nas jornadas diárias no Palácio pela porta da frente.

JÁ COMEÇOU

A mandioca do banquete da Dilma Sapiens já começou a fazer efeito nos salões da Procuradoria Geral da União pelo Governo. Rodrigo Janot arquivou o pedido de investigação da gráfica-laranja que, com 60 dias de vida, recebeu milhões da campanha de reeleição da president@ que o recebeu para jantar no Palácio.

O pedido foi feito por Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE que ficou injuriado com a grosseria. É que, ao arquivar a ação contra Dilma, Janot apontou o que chamou de "inconveniência" do Tribunal Superior Eleitoral.

E Gilmar então já foi logo dando o troco: “Janot não deveria se comportar como um dos advogados do PT; afinal, o partido já contratou profissionais competentes para fazer a sua defesa”. 

Para que as coisas não fiquem só nesse princípio de indigestão entre um conviva do banquete da Dilma e um ministro do TSE e também do Supremo, é bom saber-se do que se trata essa rusga que agora vai dar em nada. 

A tal gráfica, que atende pela razão social VTPB, se apresentou na época da reeleição como uma empresa especializada no setor de gráfica e impressão. Só por isso, ela recebeu módicos R$ 26,8 milhões do PT por "serviços prestados" durante a corrida eleitoral. Nada menos de 23 milhões foram pagos pela campanha da Dilma Vana. 

Gilmar Mendes agora, como relator da prestação de contas do PT, encaminhou o pedido de investigação da tal gráfica à Polícia Federal e à Procuradoria do Janot. 

Dentre as razões que levaram Gilmar Mendes a esse "inconveniente" pedido está o argumento do ministro hoje injuriado: “Ora, sabemos agora tratar-se de uma empresa que recebe esse enorme volume de dinheiro, embora não tenha um único funcionário contratado, não disponha de parque gráfico e não tenha nem mesmo, num dia de visita fortuita, uma sede aberta para chamar de sua. Convenham: é, no mínimo, estranho”. 

Isso, porém, não foi papo para convencer Janot que está sob os efeitos inebriantes do canto da sereia que ouviu naquele banquete em homenagem ao Dia do Advogado, promovido por Dilma no Palácio Alvorada, com o nosso dinheiro. O efeito da comilança já não cheira nada bem no solo da República.