O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

22 de ago. de 2015

O MESMO JEITO, A MESMA LÍNGUA,
A MESMA MANIA DE COMPANHEIRISMO

Assim que foram denunciados formalmente como propineiros passivos pelo selecionador-geral da República da Dilma, Rodrigo Janot, imediatamente, Eduardo Cunha e Fernandinho Beira-Collor mostraram que não só agem da mesma maneira, como falam a mesma língua.

Cunha disse que se cair não vai "cair sozinho". Beira-Collor, só para variar, vociferou que "se eu for preso aumentem as celas, porque  não vou sozinho".

Não, isso não é chantagem, nem confissão de culpa, muito menos o temor claustrofóbico de dormirem desacompanhados e na mais completa escuridão do abandono social; é só essa mania estranha de cultivar o companheirismo que caracteriza os donos dessa democracia que não rouba nem deixa roubar.

Nas entrelinhas aparecem nitidamente as caricaturas do Caubói dos Rebanhos Fantasmas, do rico empresário Brahma e da obediente Mulher Mandioca.

Por impiedosa armadilha do destino, a trinca é a mesma que foi desenhada nas falas de Emílio Odebrecht que também recomendou a ampliação das cadeias, caso Marcelo seu filho fosse pagar o pato nas malhas da Operação Lava Jato.

Como se vê, essa pandilha não só fala a mesma língua, como uns chegam a ficar parecidos com os outros, assim que começam a conversar entre si. Almas gêmeas, sem sombra de dúvida.