BRAHMA É ESTRELA DE MAIS
UM PROGRAMA DO PT NA TV
Lula, o Brahma do Clube dos Ricos e Empreiteiros, não deixa nunca de ser o presidente de honra do PT. Tanto é que, neste sábado, ele é o burguês-propaganda de mais uma inserção do partido na TV.
Ele dá o recado de que "de uma crise econômica, a maioria sai perdendo" mas pisa na bola quando completa em seguida alertando que "em uma grave crise política, todos perdem, sem exceção".
Ora, quem poderia esperar outra coisa de Lula, o mais novo bom burguês da praça?
Bolas, na crise econômica, a minoria não perde, as zelites ganham. Já numa grave crise política "todos perdem, sem exceção"... Quer dizer, Lula, o milionário Brahma estaria nessa. Isso ele não pode admitir, nem que a cobra queira fumar.
"Sem exceção" significa que os da zelites, como ele e os seus colegas empresários, também dançam, também bailam na curva.
Pô, assim não dá. Depois de tanto tempo de batalha, de tanta luta derrubando portão de fábrica, se hospedando no DOI-CODI paulista, onde o delegado Romeu Tuma o recebeu tão bem até chegar até chegar aqui, aonde chegou e pôde amealhar, só no gogó, um saldinho de R$ 27 milhões, fora o alho... Ah, isso não. Mil vezes, não!
Então é o seguinte, meus companhêro, tamo junto nessa... Mas não tanto assim. Crise econômica, a gente damos um jeito pra vocês; mas crise pra todo mundo, assim também não dá. Vampará. Vampará, antes que apareça essa turma braba da Lava Jato. Eles rapam tudo da gente.
O MOTE DOS PELEGOS
Dia 20, se vocês querem saber, a grande razão dos movimentos pelegos é bramir estandartes com "Fora Cunha!". O resto tá bom pra rapaziada.
DEMOCRACIA INTRAMUROS
NÃO É UM GOVERNO LEGAL
Governo que não sai às ruas; governo que fica enclausurado, criando democracias intramuros, umaS atrás das outras; governo que não conta com o cheiro e o humor do povo; governo que se restringe ao voto, não é democrata nem aqui nem em Caixa-Prego.
Governo que se reúne, num dia, com o Senado; no outro, com o lado gostoso do Judiciário; depois com as boas bases da Câmara e deixa de ouvir o povo, de ver o povo de perto, lado a lado, sem cercas e barreiras, pode até gabar-se da legitimidade pelo voto, mas não é legítimo; não é um governo legal.
Quando um governo assume a posse da democracia; quando um governo acha que democracia é não escutar o povo e que, quando o povo se faz ouvir é golpe, então esse sistema político está por um fio. Esse governo está com a cabeça a prêmio.
Na verdade, o que esse governo quer é que ninguém lhe pergunte o que é democracia. Se o povo não perguntar para esse governo o que é democracia, ele vai dizer que sabe do que se trata; mas se o povo perguntar, esse governo vai ter que dizer que não sabe.
Para esse governo, de Lula a Dilma, do PT ao PMDB e siglas associadas, a democracia é uma coisa que começa na hora de votar e acaba no instante supremo de abrir as indevassáveis urnas eletrônicas.
Quando Dilma disse que era "capaz de tudo para ganhar a eleição", Lula foi mais revelador do que a sua criatura na antevéspera do pleito de outubro - "Esse povo não sabe o que a gente é capaz de fazer para ganhar uma eleição". E foi na hora de fraudar ou não fraudar a votação que se sentiu a força do carvão de pedra, o peso dessa tal democracia brasileira.
Mas o povo sabe agora que para esse governo, democracia é um regime, um modelo de Grande Desordem composto de três poderes aparelhados e milhões e milhões de brasileiros insatisfeitos e, mais que deprimidos, oprimidos.