DILMA FEZ DA ABERTURA DO
CONGRESSO A SUA MICARETA
Depois de longo recesso, o Congresso Nacional promoveu, nesta antevéspera do Carnaval, a abertura solene do curto ano de trabalhos legislativos. Logo estarão de folga uma vez mais para o infame e aviltante retorno as suas bases, para as eleições municipais desse ano de calças curtas.
Foto/Agência Brasil
Um quarteto mágico: Dilma sob pressão de um impeachment, diante de Lewandowski - um julgador supremo que convive com dois suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Ela só não disse, por que um governo como o dela - que só neste janeiro arrecadou mais de 214 bilhões em impostos - precisa achacar os cheques e cartões de créditos, as contas bancárias de cada brasileiro. Não disse e nem perguntou "cadê o dinheiro que tava aqui?"... Pois é, cadê o dinheiro que o gato comeu e não foi para a saúde, o transporte, a educação, a segurança pública, os serviços essenciais, as igualdades sociais?
Dilma Vana pulou este quesito da verdadeira micareta puxada por ela no plenário do Congresso, ladeada pelo mestre-sala Renan Calheiros, pelo passista Lewandowski e pelo chefe da bateria descompassada, o Eduardo Cunha.
Dilma Vana Coração de Foliã, saltitou feliz da vida, prometeu mundos e fundos no samba-enredo que interpretou a plenos pulmões, abafando algumas vaias da comissão de frente, das arquibancadas e dos camarotes que não gostaram da fantasia de mais um triste espetáculo dessa democracia de gaveta.
Dilma foi mais Dilma do que nunca: esteve todo tempo como se a abertura dos trabalhos do Parlamento fosse o primeiro grande palanque eletrônico para as eleições que vêm por aí. Dilma foi Dilma o tempo todo: prometeu como nunca e mentiu como sempre.