O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

21 de fev. de 2016

FACHIN FOI APENAS FACHIN
A colher de chá que  Fachin deu para Renan Calheiros surpreendeu os colegas da Corte de Lewandowski. Pode ter surpreendido a turma dele, por que aqui fora ninguém se abalou. Bolas, Fachin foi apenas o Fachin que o governo conhece. Se não fizesse o que fez, surpreenderia o governo Dilma, seu patrão.

DEVOLVERAM-ME A HORA
Hoje, um segundo depois da meia-noite o governo me devolveu sem juros, sem correção monetária, sem mais nada a hora de vida que me surrupiara  a troco de economizar energia que jamais custou tão cara. E assim acabou no verão, o horário de verão.

PARLAPATÃO DESACREDITADO
Delcídio do Amaral deixou a prisão que merece para viver numa gaiola dourada em Brasília. Sua palavra é tão desacreditada que ninguém sequer cogitou propor-lhe um acordo de delação premiada. Desmoralizaria o instituto da verdade garantida pelo medo da cadeia.

CHINELÕES
E então sabe-se agora que a OAS bancou mesmo as reformas para Lula. A Operação Lava Jato capturou os diálogos do empreiteiro com os seus funcionários tratando das exigências de Lula, tratado pelo criativo codinome de "Chefe" e da sua mulher, Marisa Letícia, a quem chamavam de "Madame".

Aos poucos vai se revelando o mais desbragado segredo de Polichinelo dessa República de chinelões e larápios descuidados.

A gente só não sabe agora se Lula, o orador das multidões está calado por causa do triplex, do barquinho, do sítio ou porque o gato arranhou a Rose que roeu o rato que roeu a roupa do rei da Rússia que, de raiva, roeu o resto.

VOCÊ SABIA?...
O governo acaba de voltar 13 anos na sua própria história da produção de automóveis que "botou a classe C a andar de carro, igualzinha azelites": a produção de automóveis deste janeiro de 2016 empatou com a produção de janeiro de 2003. A operosa classe C já está devolvendo aos bancos os carros que comprou a prestações que já não pode pagar, ou andando de ônibus porque não aguenta o preços dos combustíveis.

PRATO FRIO

Dilma isolou e isola totalmente Michel Temer das conversas palacianas e dos papos de governo. Não o convida e nem sequer manda avisar para reuniões e coisas e loisas de coordenação política. Ignora-o não só como aliado, mas principalmente como vice-presidente da sua própria República. Dilma só agora dá o troco àquela carta desaforada que Temer enviou-lhe e que ela não leu e não gostou. Vingança é um prato que se come frio...

OUTRA CASA
Delcídio do Amaral, portador de tornozeleira eletrônica e prisioneiro domiciliado em Brasília, tem todas as credenciais para voltar a ocupar o cargo de dirigente do PT nacional e a função de líder do governo Dilma. Ele é que não se mostra muito entusiasmado com esse amargo regresso. Sentiu-se abandonado pelos companheiros do partido e do governo durante todo o tempo de cadeia que acaba de curtir. Vai dar um tempo e esperar a hora de encontrar alguma sigla que se encaixe ao seu perfil.

A RIDÍCULA SEGURANÇA
DO RIDÍCULO

Neste fim de semana, o impoluto ministro da Justiça da Dilma, Zé Eduardo Cardozo, visitava com toda pompa e circunstância o Colégio Estadual André Maurois, no Leblon, zona sul do Rio.

Decerto para dar uma aula sobre picadura de mosquito, nessa guerra alarmista e "sem quartel" ao Aedes Aegypti.

Cardozo teve seu discurso interrompido por Giovanna Passos, uma aluna da 1ª série do Ensino Médio.

A estudante quis saber do ilustre visitante, cercado de guarda-costas: "O senhor não acha ridícula essa quantidade de policiais para uma só pessoa enquanto as UPPs estão acabando e não há policiais nos morros?".

A aula e a visita tiveram curta duração. A resposta do ministro até agora não repercutiu nas salas de aula do colégio. Nem na mídia. E o pior, não vai repercutir no comportamento do governo que não se importa em esbanjar despesas para garantir a segurança de quem não corre nenhum perigo a mais do que qualquer cidadão nesse país.