Com o Sargento Garcia de fachada, o mala Zé Dirceu anda para cima e para baixo, por dentro e por fora do Brasil da Silva, arregimentando parceiros, formando alianças, recrutando aliados. É uma espécie de comandante em chefe da tropa lulática que carrega nas mãos o estandarte e nas costas a missão de eleger o poste preferido daquele a quem ele, Zé Dirceu, em suas sombras, dedica confessadamente fidelidade canina.
Nessas andanças, Zé Dirceu o ex-detudoumpouco nessa República dos Calamares, carrega uma mala cheia de bondades governamentais que servem para fazer amigos e influenciar pessoas. Tem a carcaça cheia do poder de barganha que o Palácio esparge pelos ares eleitorais com perfume de gardênia, sabor de absinto, cevada, álcool só para lavar as mãos, bananas para a macacada, bananas de dinamite pura em campos de centeio e muitas idéias, 51 boas idéias.
Para quê mesmo um Zé Dirceu precisa de um mandato de deputado? Para bulhufas. O que ele queria mesmo era que a guerrilheira Dilma Roucheffe estivesse hoje no seu devido lugar.
Dirceu desempenha o seu papel de caixeiro-viajante de uma candidatura que, ninguém melhor do que ele sabe que poderia ser a sua.
Zé Dirceu paga agora o dobro do que tem para oferecer em sua mala terrivelmente executiva para eleger a mala sem alça da grife Dona Dilma em 2010; o dobro indesdobrável do que lhe custou ontem seu deslumbramento pelo poder que tinha nas mãos, no corpo e na alma, quando era chefe da Casa que ficou com a sua hoje querida Roucheffe.