Ao esmiuçar contratos das obras públicas que pululam em palanques do governo Da Silva com a notável presença da bem-aventurada mãe do PAC, o Tribunal de Contas da União, fiscalizou 219 obras; descobriu que em 149 delas havia sobrepreço e graves irregularidades. Resultado: 63 obras serão paralisadas ou deixarão de receber os in/devidos pagamentos.
Aí, o governo Da Silva, ao invés de aplaudir o combate à corrupção e o apoio à lisura e à necessária probidade, bate o pé, reclama e pede Malzebier da Brahma. Não chega a tanto, o período foi só para rimar. Mas, sem métrica e fora de ritmo, o governo vai muito além disso, já manobra para diminuir o poder de fiscalização do TCU.
Dos organismo de defesa do cidadão, o TCU é um dos poucos em que o governo tem a mão mais leve que o país. O Tribunal de Contas é constituído por nove ministros - três deles são indicados pela Câmara, três pelo Senado, um pelo Ministério Público, um pelos auditores do próprio Tribunal e apenas um é escolhido pelo presidente da República. Isso incomoda à democracia Da Silva do Brasil.
A composição do TCU é a seguinte: Presidente Ubiratan Aguiar / Vice-Presidente Benjamin Zymler /Ministro Corregedor Benjamin Zymler / Ministro Valmir Campelo / Ministro Walton Alencar / Ministro Augusto Nardes / Ministro Aroldo Cedraz / Ministro Raimundo Carreiro / Ministro José Jorge .
Pelo gosto do Palácio Da Silva, a constituição seria outra: Presidente Zé Dirceu / Vice-Presidente Delúbio Soares /Ministro Corregedor Delúbio Soares / Ministro Zé Genoíno / Ministro Antonio Palocci / Ministro Fernando Beira-Collor / Ministro Romero Jucá / Ministro Renan Calhordeiros / Ministro Zé Sarney.
Mas nem sempre, nas democracias, as coisas são como seus democratas gostariam que fossem.