Gargarejou o que gargarejou, blasfemou o que blasfemou, mas pode estar com sobradas razões. Não que Cristo tivesse o topete de vir ao país de Lula e, para fazer sua política de boa vizinhança, chamasse Judas Iscariotes de "meu líder, meu amigo e companheiro" - como o nosso pai dos pobres, há bem pouco e aos abraços, andou chamando Muar Khadaffi. Longe disso.
Mas que Lula do Brasil tinha razões de sobras quanto à obrigatoriedade de coalizão dos políticos brasileiros com Deus e todo mundo, ah isso tem.
Então o Cara está certo. O PT não pode viver sozinho. Acha melhor brigar junto, do que chorar separado. Então chamou pra si um monte de neocompanheiros, uma súcia de velhos inimigos, uma tropa de nanicos, um que outro grande, se amigou também com o único partido comunista do mundo e, como não poderia deixar de ser, está unha e carne com o velho camarada bom e batuta que é o PMDB.
Grandes coisas! Por acaso o Henrique Meirelles não era ministro de FHC? E o Renan Calheiros não foi ministro de Justiça no governo tucano? E a maioria desse monturo todo que anda por aí, na Casa do Polvo, na Casa Civil, na casa da sogra, de gravata e palitó não é, isso sim, "herança de governos anteriores"?!?
Lula - o Profano não inventou a, digamos, coalizão ideológica e política. Nem é o criador do desaforo religioso. Só botou os pés pelas mãos no seu jeitão peculiar de dizer as coisas. Misturou Cristo com Judas, quando poderia muito bem, em nome da governabilidade, ter apelado pro diabo que carregue