Impossível fazer cara de paisagem. A cueca vermelha do Suplicy é uma estrela que tem brilho próprio. Agora, o corregedor da Casa de tolerância, Romeu Tuma, se diz chocado com o desfile sex apple do petista e vai abrir investigação. Sabe-se lá o que ele quer investigar.
Já o senador Arthur Virgílio diz que foi um ato impensado que merece advertência e exige pedido de retratação de Suplicy. Mais retratado do que já foi pela mídia é impossível.
Essa manifestação de Virgílio é puro jogo de cena. Ao conclamar, com cara de reprovação, uma advertência e retratação pública para o caro colega, o tucano está livrando a cara do cuequeiro de um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. Na verdade, pralamentar.
O cara que mete uma sunga vermelha e sai desfilando pelos corredores do Congresso, vai ter problema para pedir retratação, ou vai perder o sono por que sofreu um advertência?!? Façam o favor, comprem uma coleção de calcinhas cor-de-rosa e dirijam-se já para o plenário que vocês têm mais o que fazer!
Cá pra nós, Suplicy não quebrou decoro nenhum. Mal conseguiu amolecer.
Sinceramente, qual a diferença que existe no Suplicy de cueca vermelha e Zé Sarney de fardão da ABL, ou simplesmente sentado na cadeira de presidente da Casa?!?
O que é mais agressivo, a sunga vermelho de Suplicy ou o olhar penetrante de Fernandinho Beira-Collor?!? As bolas foras de Suplicy, ou o sorriso de Renan Calheiros?!? A sunga vermelha e as bolas foras de Supla Master ou o beijo de Lula na mão de Jader Barbalho?!?
Como diz Marcondes Perillo: "Pode-se esperar de tudo do Suplicy". Mas, essa foi demais: todo mundo viu que, mais do que caduco, ele está caduro. Já Romeu Turma acha que Eduardo Suplicy "prestou um serviço humorístico". É a tolerância da Casa à flor da pele, bem assim como uma fimose.
Espera-se que da próxima vez, Eduardo Suplicy e os parlamentares que acham graça nisso, venham todos vestidos de Galo da Madrugada. Cobertos de penas, crista alta e com um espanador enfiado na... consciência. O decoro não seria quebrado, todos prestariam um relevante serviço as nossas risadas e a gente nunca mais votaria neles.