EU SOU AQUELA SOU
Não, meu nome não é Estela. Mas tenho um passado de guerrilheira urbana e civilizada. Quase politizada, não fosse esse jeito novo de fazer política que – assim como todo mundo – nem eu mesma entendo.
Nos meus bons tempos de band-aid no calcanhar, nunca andei armada. Sim, gostava de viver perigosamente, daí meu disfarce de esparadrapo.
Eu e a Varig fomos apenas bons amigos. E quem é esse tal compadre de Lula que eu teria recebido em audiência reservada? Não é aquele gauchão churrasqueiro que assava carne com chuveiro elétrico, não. Nem tampouco o Freud que nada explica.
Não, esse encontro jamais existiu. É que nem aquele com uma senhora que foi secretária do Leão. Leão, o treinador, não; Leão da Receita. Nunca me encontrei com ela. Não está na minha agenda; não está nos vídeos; não está no mapa. E não se fala mais nisso.
E quanto a essa coisa de Ali Babá e os 40 mensaleiros. Não, não sei de nada. Só sei que não eram 40, são 39. Bem, só se há mais um que tenha ficado fora, manjando o movimento. Se são 39 na história, então isso já é uma vitória. É bem como diz o marketing de um filme que anda aí pelos cinemas:"já vem com desconto".
Sim, sou conselheira petrolífera. Pode me chamar de petroleira. Faço esses sacrifícios de vez em quando, pois causam bem à alma, à cuca, à bolsa. E nem sempre eu digo não. São todos bons camaradas; são todos bons e batutas; são todos bons camaradas; são todos...
Aquela bolsa Kelly era uma reles imitação. Sim, comprei numa tenda desses camelódromos que tem por aí. O quê?!? Então é pirata?!? Não, não sei de nada. Nunca tive bolsa Kelly. Isso eu garanto para vocês, aquela não era uma bolsa Kelly. Se fosse, não seria minha. Poderia ser, quem sabe, dessa dona Lina que eu, volto a dizer, nunca encontrei na vida. Ela usa bolsas lindas.
Nunca, mas nunca mesmo, botei os olhos nem as mãos em dossiê FHC nenhum. Até telefonei um dia para a saudosa dona Ruth Escobar para dizer isso para ela. Não, para dona Ruth Cardoso eu telefonei foi para falar de outras coisas, amenidades, assuntos de mulher. Afinal nós duas sempre fomos cercadas por homens ingênuos e dóceis.
Essa histórias de dossiê, de bolsa Kelly, de mensaleiros, de encontros com a secretária do Leão, de armas em punho, de namoro com a Varig, de mapas do tesouro de Adhemar, são pura ficção. Nada disso existiu. Sim, sou religiosa, crente fervorosa, juro por Deus e todos os santos de todas as igrejas que tenho visitado.
Ah, sim... Não sou mandona. Não sou candidata. Já disse e repito! Não soooou candidata!!! Não me encham a paciência, pô! Não sou candidata!!! Sim, sim, no máximo, podem me chamar de pré-candidata. Vocês têm que entender, seus idiotas ingênuos e dóceis, candidata e pré-candidata não são a mesma coisa!!!
Não, meu nome não é Johnny. Nem Estela.
Não, meu nome não é Estela. Mas tenho um passado de guerrilheira urbana e civilizada. Quase politizada, não fosse esse jeito novo de fazer política que – assim como todo mundo – nem eu mesma entendo.
Nos meus bons tempos de band-aid no calcanhar, nunca andei armada. Sim, gostava de viver perigosamente, daí meu disfarce de esparadrapo.
Não, não fui eu quem fez o mapa da mansão do Dr. Arthur, codinome da namorada de Adhemar de Barros, ídolo do ícone Paulo Maluf – aquele que, ao contrário de outros companheiros – faz o que faz, mas faz.
Sim, fiz doutorado na Unicamp. Saí um pouco antes e me esqueci de ir buscar o diploma. Eles é que não se lembram mais. Seus dossiês estão desatualizados. Precisam de uma campanha para resgate de memória, para que “não aconteça outra vez”. Vou até falar com Genro que, como qualquer cunhado, não é parente.
Sim, fiz doutorado na Unicamp. Saí um pouco antes e me esqueci de ir buscar o diploma. Eles é que não se lembram mais. Seus dossiês estão desatualizados. Precisam de uma campanha para resgate de memória, para que “não aconteça outra vez”. Vou até falar com Genro que, como qualquer cunhado, não é parente.
Eu e a Varig fomos apenas bons amigos. E quem é esse tal compadre de Lula que eu teria recebido em audiência reservada? Não é aquele gauchão churrasqueiro que assava carne com chuveiro elétrico, não. Nem tampouco o Freud que nada explica.
Não, esse encontro jamais existiu. É que nem aquele com uma senhora que foi secretária do Leão. Leão, o treinador, não; Leão da Receita. Nunca me encontrei com ela. Não está na minha agenda; não está nos vídeos; não está no mapa. E não se fala mais nisso.
E quanto a essa coisa de Ali Babá e os 40 mensaleiros. Não, não sei de nada. Só sei que não eram 40, são 39. Bem, só se há mais um que tenha ficado fora, manjando o movimento. Se são 39 na história, então isso já é uma vitória. É bem como diz o marketing de um filme que anda aí pelos cinemas:"já vem com desconto".
Sim, sou conselheira petrolífera. Pode me chamar de petroleira. Faço esses sacrifícios de vez em quando, pois causam bem à alma, à cuca, à bolsa. E nem sempre eu digo não. São todos bons camaradas; são todos bons e batutas; são todos bons camaradas; são todos...
Aquela bolsa Kelly era uma reles imitação. Sim, comprei numa tenda desses camelódromos que tem por aí. O quê?!? Então é pirata?!? Não, não sei de nada. Nunca tive bolsa Kelly. Isso eu garanto para vocês, aquela não era uma bolsa Kelly. Se fosse, não seria minha. Poderia ser, quem sabe, dessa dona Lina que eu, volto a dizer, nunca encontrei na vida. Ela usa bolsas lindas.
Nunca, mas nunca mesmo, botei os olhos nem as mãos em dossiê FHC nenhum. Até telefonei um dia para a saudosa dona Ruth Escobar para dizer isso para ela. Não, para dona Ruth Cardoso eu telefonei foi para falar de outras coisas, amenidades, assuntos de mulher. Afinal nós duas sempre fomos cercadas por homens ingênuos e dóceis.
Essa histórias de dossiê, de bolsa Kelly, de mensaleiros, de encontros com a secretária do Leão, de armas em punho, de namoro com a Varig, de mapas do tesouro de Adhemar, são pura ficção. Nada disso existiu. Sim, sou religiosa, crente fervorosa, juro por Deus e todos os santos de todas as igrejas que tenho visitado.
Ah, sim... Não sou mandona. Não sou candidata. Já disse e repito! Não soooou candidata!!! Não me encham a paciência, pô! Não sou candidata!!! Sim, sim, no máximo, podem me chamar de pré-candidata. Vocês têm que entender, seus idiotas ingênuos e dóceis, candidata e pré-candidata não são a mesma coisa!!!
Não, meu nome não é Johnny. Nem Estela.