O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

18 de out. de 2009

O REI/NO ESTÁ NU! ou UM POSTE POR UMA PICADURA!

Ei, senador! Ei, Eduardo Suplicy! Veja, o rei está nu. Empresta pra ele a tua cueca vermelha.

Como é que é isso, companheiro?!? Você tem três fontes de renda - duas aposentadorias e um salário que ganha para não ver nada, não saber de nada, não fazer nada - e ainda tem direito a devolução do leão, mesmo sem gastar um centavo com a família, as viagens, os hotéis, as turnês rio acima, rio abaixo?!?

Helicóptero é alvejado e 12 morrem em mais um dia de violência no Rio. O tiroteio que tomou conta do Rio de Janeiro neste fim de semana do Morro dos Macacos para baixo e para tudo que é lado foi apenas uma cena corriqueira na vida carioca. O Porta voz da história oficial maravilhosa diz que "dez mortos são traficantes, vítimas de confrontos entre facções criminosas rivais e a polícia no Morro dos Macacos. Outros seis policiais ficaram feridos, um deles em estado gravíssimo". É o prenúncio da grande aventura que será a Olimpíada de 2016. Vai ser um espetáculo e tanto ver um fundista chegar ao pódio vestindo armadura, com um escudo na mão. Vai receber, ao invés de uma coroa, um elmo de louros.

Carioca que é carioca mesmo, agora só se sente seguro nos lugares em que tradicionalmente há mais bala perdida. O resto do Rio é muito perigoso de viver.

Seguidores de fidelidade canina, não vos apoquenteis! Logo, logo seu ídolo ultrapassa Obama e ganha o prêmio Natu Nobel.

Quatro mortos e 13 feridos em atentado no Iraque. Um, caminhão-bomba explodiu e destruiu uma ponte na estrada que liga Bagdá a Jordânia. Nada que chegue aos pés da passagem da Rocinha para as areias de Copacabana.

Rebeldes somalis dão fuzil AK-47 a melhor recitador do Alcorão. Jovem de 17 anos, vencedor de um recital do Alcorão e de uma competição de conhecimentos gerais, ganhou um fuzil AK-47, duas granadas de mão, um computador e uma mina anti-tanque como prêmios. Pronto, já pode passar uma boa temporada de férias no Rio de Janeiro.

The New York Times comenta em sua edição dominical que esse foi o pior confronto entre traficantes e policiais desde que o Rio de Janeiro foi escolhido como sede para os Jogos Olímpicos de 2016. É só esperar um pouquinho mais para ter notícias muito melhores. Afinal, não faz nem duas semanas que Lula derrotou Obama em Copenhague.

E aí, qual é mesmo o regime que está valendo no Brasil da Silva? Essa desbragada campanha que o presidente da República dos Calamares vem fazendo para nos enfiar um poste goela abaixo só não é mais indecente porque as fontes palacianas ainda não confundiram empulhação com empalação.

Já pensou se Lula do Brasil resolve nos enfiar o poste em qualquer outro lugar menos digno do nosso organismo político? Não duvidem nada, se daqui a pouco - diante do sempre crescente índice de rejeição à mãe desnaturada do PAC que já largou de vez os devers da Casa Civil para ser postulante ao lugar de Lula no Palácio -não duvidem nadinha se diante disso o pai dos pobres e mais recente navegador do Velho Chico chute o mastro e, à vela solta, simplesmente dê à dona Dilma Roucheffe o cargo de comodora do Brasil das candongas.

Falta pouco para isso. Muito pouco para que o cargo de presidente seja passado de pai para mãe do PAC, de mão em mão-beijada. Embora nu, o rei da cocada preta acredita na grife CNT/Sensus e até que detém mesmo 80% dos votos de seus aloprados de canina fidelidade, além da idolatria dos milhões de ociosos bolsa-familiares.

Ele acredita piamente que só não é tripresidente porque não quer. Bastaria um referendo similar ao de Manuel Zelaya e pronto. Logo estaria governando o Brasil da Silva, direto da Embaixada de Honduras, em Brasília.

No fundo, no fundo, o golpe do referendo seria a melhor maneira de escaparmos ilesos de levar um poste assim a seco, sem lubrificante nem nada. Até porque, se não nos enfiarem um poste, periga a gente ser vítima de uma demoníaca picadura tucana que, pelo tamanho do bico, deve causar um horrível desconforto.