Moisés Pereira
De Porto Alegre
O futebol da quarta feira trouxe-nos espetáculos contraditórios. Enquanto no futebol europeu e, também brasileiro de exportação tivemos jogos memoráveis em mais uma rodada da Liga dos Campeões, aqui em nossos gramados a mediocridade imperou.
O aguardado clássico do estádio Santiago Bernabeu em Madri reuniu o Real, dono da casa e o seu time de galáticos milionários, contra o Milan um pouco descontado depois de perder Kaká e iniciar de forma irregular o certame da liga italiana.
O jogo foi eletrizante com o Real fazendo um bom primeiro tempo e pulando na frente numa falha do goleiro Dida que Raul a jóia madrilhenha não desperdiçou.Pirlo empatou o jogo e logo Alexandre Pato em velociddade colocou o Milan em vantagem.
O Real, mesmo sem Cristiano Ronaldo e com Kaká, muito individualista, chegou ao empate. Mas Pato, que jogava pela primeira vez em Madri ao receber lançamento primoroso de Seedorf bateu de chapa para estabelecer a vitória e salvar a pele do técnico Leonardo do time de Berlusconi.
Convenhamos que foi um futebol de alto nível e até Ronaldinho Gaúcho mostrando disposição foi destaque no jogo mostrando que não desapreendeu de jogar e, se some na maioiria dos jogos, deve ser por outras razões que não o futebol.
Enquanto isso no nosso Campeonato tupiniquim o Palmeiras que se aproximava do título entrou em parafuso nas últimas rodadas e, ontem à noite, mais uma vez perdeu, desta feita para o Santo André que estava na zona do rebaixamento.
Isto apenas atesta que o nivelamento por baixo do nosso futebol é um fato notório e não temos uma equipe confiável para despontar como acreditado campeão.
O próprio Palmeiras do predestinado Muricy não passa de um time médio, dependente de Diego Souza ou Marcos, e os"craques" Clayton Xavier e Vagner Love estão devendo na reta final.
A tônica tem sido pequenos sprinters de alguns times. Atualmente é o Flamengo e o Cruzeiro que vem acelerando na reta de chegada embora ainda distantes.
Bom para o contexto que teremos nesta oito rodadas faltantes muitas emoções começando pelos clássicos do próximo fim de semana, e muito exercício de futurologia dos da opinião correndo risco de se quebrarem.
Aliás, pela tabela, ainda acredito no Palmeiras, mas não me cobrem nada. Porque quando tem um time bom é fácil o diagnóstico, mas com cavalos paraguaios, flanelinhas e aqueles que morrem na praia fico sem muita convicção.