7 DE SETEMBRO EM BRASÍLIA
Chamada de front-page nos portais da web: "Mesmo com previsão de protestos, Dilma participa do desfile de 7 de Setembro". Ah, agora sim e até que enfim ela mostra porque a chamavam de Dilma Coração Valente na campanha da sua reeleição em 2014, ano em que as contas não fecharam. Que mulher valente e durona, parece até uma mandioca. Uma heroína.
SEM FALA
Em compensação, Dilma vai só desfilar. Não vai fazer o tradicional pronunciamento presidencial do Dia da Independência. A razão é muito simples. Tão simples que são duas razões: a primeira é que ela não é mesmo a pessoa mais indicada para falar de independência; a outra é que, se falasse, ninguém entenderia o que ela iria dizer.
AMEAÇA
Como é improvável e incerta a presença do boneco presidiário Luleko Pixuleko, vitima de boicote na hora de seu transporte de São Paulo para Brasília, os plebeus que vão assistir aos desfiles oficiais deste 7 de Setembro irão todos armados de ameaçadoras colheres.
Com o perigoso artefato cometerão um colheraço contra as grades plantadas pelo governo em plena Esplanada dos Ministérios. É a mais nova e perigosa ameaça à democracia de gabinete que estará a postos, para o que der e vier, nos palanques armados para ver a banda passar.
Sei lá, mas acho que se as autoridades entoarem do alto de seu palanque com muito orgulho e muito amor o Hino Nacional, abafarão o som do colheraço que vem das ruas.
Outra hipótese muito provável é que a guarda palaciana submeta a população a uma rigorosa revista, apreendendo toda e qualquer colher que apareça por lá. A meninada poderá tomar sorvete com pazinhas de plástico.