O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

8 de ago. de 2015

ENTREMENTES, NA BASTILHA...

Fora do portal da sua Bastilha - sim, o Palácio do Planalto hoje é uma prisão -  Dilma Sapiens pode vociferar à vontade pelos palanques que lhe oferecerem por esse Brasil da Silva afora; Dilma Tocha de Mandioca pode vituperar, comme d'habitude, intramuros de seu Palácio; pode vociferar e vituperar à la lâche que "ninguém vai tirar a sua legitimidade"...

Sim, preciso é que se diga que porque hoje é sábado há a perspectiva de domingo e me deu vontade de misturar francês com algum dilmês na base do português. O impulso tem sua razão de ser. É que aqui no Brasil da Silva, como na Revolução Francesa, os burgueses que assumiram a missão de implantar a democracia, pisaram na bola.

Agora o nosso Brasil, tal como na velha França, vai ter muito que capinar para ter uma sociedade com liberté, egalité et fraternité.

Mas, voltando à vaca fria, antes que ela tussa, retomo à vituperação e vociferação de Dilma Brave Coeur. Sim, sim, o que quero lhes dizer é que isso de gritar e se escabelar de nada vai lhe valer para recuperar a popularité, crédibilité, administration et gouvernance que perdeu há muito tempo.

Muito menos depois que, no meio da semana, no olho da crise que chamam de política, mas é de polícia, Michel Temer fingindo sair em sua defesa, preveniu o país que ele estava pronto para garantir a institucionalidade e fazer cumprir a Constituição.

Com cara de articulação política, Michel Temer simulou um anúncio de que "essa pesquisa negativa, logo em seguida será positiva"; na verdade, ele proferiu uma nova versão de juramento constitucional das cerimônias de posse na Presidência da República.

Por isso foi chamado ao gabinete de Dilma Vana, levou um puxão de orelhas que não chegou sequer a lhe amarrotar o impecável colarinho branco, formalizou sem nenhum caráter irrevogável a sua renúncia como articulador palaciano e saiu de lá legitimado por um voto de confiança de Dilma Coração Valente que, qual a heroína francesa Joanna D'Arc está se queimando lentamente. Dilma Sapiens, no entanto, resiste avec courage a quantos tenham a pretensão de lhe "tirar a legitimidade".

Oh mon dieu!.. Popularité, crédibilité, administration et gouvernance é tudo junto e misturado um outro departamento. Mas, só porque hoje é sábado e há a perspectiva do domingo, me deu vontade de falar francês. Vive la chute de la Bastille. Avant le Brésil.

RODAPÉ - Essa coisa de castigar o idioma francês tem tudo a ver com parte da colonização da velha Atenas Rio-Grandense, a minha pátria pequena que deixei no Sul.

É que sou do tempo em que a gente estudava, desde o Admissão ao Ginásio, línguas vivas e mortas: latim e grego e latim já declinaram; espanhol, português, inglês, francês, a gente estudou um período bastante para não esquecer de todo.

Já o dilmês, a gente sabe por que é massacrado por ele todo santo dia pelas pérolas que a president@ joga pelas pocilgas por onde tem palanque. Isso não é erudição; é saudade daquela pátria educadora.