CARDOZO SABIA DOS DELITOS
DO SENADOR DELCÍDIO
Zé Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça de Dilma, hoje advogado-geral da União em torno de sua patroa, tentando desdenhar da delação-bombeada de Delcídio Amaral, o Tal: "Delcídio não tem credibilidade, vivia no meu gabinete tentando melar a Lava Jato porque isso 'prejudicava' o governo".
Mas que patife, né não? Pra lá de patife, sim senhor. Patife, sim, mas não o agora o hediondo e letal delator republicano; patife sim, um ministro, logo o ministro da Justiça, sofrer uma abordagem não apenas imoral como atentatória à democracia e ficar calado como um porta.
Diante de tais aproximações, tais intimidades, tais abalroamentos éticos, como essas interpelações desonestas e canalhas, em nome do inocente e virtuoso governo Dilma, o mínimo que o ministro deveria ter feito era dar voz de prisão em flagrante para o oportunista senador.
Ao contrário, por calar-se, tornou-se cúmplice. Até mais do que só por calar-se, tornou-se cúmplice por osmose; acumpliciou-se para garantir o emprego que nem sonhava em perder para a turma de Lula e do Jaques Wagner.