O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

11 de set. de 2011

NEM AÍ...

Nem bem sentou a poeira e nem se sabe bem o que aconteceu com Palocci e seu Plano de Aceleração do Crescimento de patrimônio;

nem mal e porcamente se tem notícias da troupe de Alfredo Nascimento dos Transportes do PR;

nem faz mal que já não se fale mais de Wagner Rossi, o dedo de Michel Temer no Ministério em que a banda larga do PMDB metia a mão;

nem importa bulhufas que não se dê mais bola para Pedro Novais, da pasta do Tunguismo; 

nem interessa que já não se toque nas diárias mal-havidas de Aninha de Hollanda e Paulo Bernardo, ou que se enfurne a indenização oportunista de Gleisi Hoffmann;

nem bem ou mal isso vai correndo frouxo por aí deixando, inclusive, o Tapioca dos Esportes e suas facilitadas licitações da Copa passar em brancas nuvens, já se tem Carlos Lupi, do Trabalho na marca do pênalti.  É só mais um herdeiro da era Lula que "tinha corrupção generalizada" - segundo diplomata da embaixada dos EUA no Brasil.

Carlos Lupi - brizolista até hoje, como Dilma foi ontem - pode ser o próximo a não cair no governo da primeira-presidenta. O Palácio do Planalto quer explicações urgentes sobre denúncias graves que envolvem o ministro e seu parceiro e chefe de gabinete Marcelo Panella, em negócios supostamente irregulares com uma Fundação Pró-Cerrado, especialmente contemplada com recursos milionários do Fundo de Amparo ao Trabalhador para cursos de qualificação.

Não se engane, essa história de que eles tanto se qualificam que fica muito difícil varrê-los é pura prosopopéia flácida para ninar bovinos. Primeiro, porque "qualificação" é só a grande desculpa para viabilizar projetos que jorram dinheiro das burras públicas para os bolsos sem fundo da camarilha; segundo, eles não são chutados para fora, nem varridos para debaixo dos tapetes, porque sabem demais.

Ao primeiro sinal de perigo, remexem no fundo dos baús e ameaçam jogar tudo no ventilador. Não há espanador de pó que aguente ao peso da chantagem e ainda possa servir de instrumento eficaz para a necessária faxina. Nesse país que "não é Roma Antiga" e que banalizou a falcatrua, macaco quando fala sempre tem que olhar o próprio rabo.