Hilário, como sempre, pediu que os ministros de Dilma, acusados de corrupção, resistam e "não renunciem aos cargos com tanta facilidade".
Quando pega um diploma na mão, ele fica impossível: “O político tem que ter casco duro. Porque se cada político tremer a cada vez que alguém disser uma coisa errada dele, se ele não enfrentar a briga para provar que está certo, as pessoas vão saindo mesmo”.
Foi assim, com aquele seu jeito metalúrgico inativo de ser que ele considerou precipitada a saída dos integrantes do primeiro escalão da Dilma. E foi tirando um lenço para cada choro:
“Pelo que eu vi pela imprensa, o ministro Alfredo não foi a presidenta Dilma que tirou. Ela mandou Nascimento investigar as denúncias na sua pasta". A pasta a que ele se refere é dos Transportes de Valores do PR, de Valdemar da Costa Neto.
E foi adiante: "O ministro Jobim não saiu por corrupção, saiu por conta de outro problema. O ministro da Agricultura, a presidenta Dilma defendeu publicamente ele, que depois renunciou". O sujeito oculto da área agrícola de quem ele fala é Wagner Rossi, afilhado de Michel Temer, donatário da Capitania Agropeculiar.
E não parou por aí. Se animou a defender Pedro Novais: "O ministro do Turismo teve um problema quando era deputado”. Ah bom, para Lula se o cara meteu a mão antes de ser ministro, então pode ser ministro depois que pra seu governo está de bom tamanho.
Como tinha platéia, Lula continuou falando, única coisa que sabe fazer: “A direita no Brasil, quando não tem o que fazer, a corrupção é o único tema dela. Foi assim no tempo de Juscelino, quando a UDN cresceu por conta disso. De repente você vê o PFL falando de honestidade. Aí a gente não sabe se é piada. De qualquer forma, Deus deu boca para todo mundo falar e cada um fala o que quer”.
E deu orelhas pra todo mundo que sirvam de penico pras porcarias que saem de bocas cheias de dentes plásticos. Lula fala assim como se não tivesse boca. Fala como se ele não falasse o que quer o tempo todo pras orelhas de todo mundo.