Mano Menezes tem a seu favor a pior campanha que um técnico da seleção brasileira de futebol já apresentou ao país pentacampeão do mundo. É o incompetente de maior longevidade no co/mando do time.
Muito menos uma prorrogação como esta que Mano desfruta, depois de tão longa série de derrotas desmoralizantes, empates pífios e uma que outra vitória inexpressiva contra esses arranca-toucos da bola murcha mundial.
Outra razão para sua permanência no cargo pode ser a beleza das gravatas que usa, apesar daquele nó antigo, tipo triângulo das Bermudas. O colarinho branco é uma pista sugestiva.
Afora isso, há também o notável amestramento da imprensa esportiva que, com medo de perder os patrocinadores de suas viagens pelo mundo da Fifa afora, perguntam o que não precisam e não tratam de saber o que realmente acontece com uma seleção que, mais de um ano depois de estar nas mãos de Mano Menezes, ainda lhe foge pelos dedos.
Ao invés de perguntar, com ares de falso atrevimento, se ele estava favorecendo o Corinthians ao não convocar nenhum dos jogadores que vestem as camisas que Andres Sanchez manda Tite distribuir a cada jogo do Brasileirão, bastaria apenas exigir que Mano explicasse por que, desde que ele assumiu o cargo, a campanha da seleção brasileira é a pior de todos os tempos.
Não, não precisa fazer nenhuma referência ao fato de que os cabeças-de-bagre que tem convocado acabam fazendo contratos milionários com clubes do exterior. Assim é que, a favor de Mano Menezes, só há mesmo o péssimo trabalho que vem fazendo. É o atestado de que ele não tem culpa nenhuma. Quem o pariu é quem o acalenta. Fora, Ricardo Teixeira!
RODAPÉ - Consumir um ano de fósforo e outras energias tolas para descobrir que Fred, Diego Souza e Ronaldinho Gaúcho configuram a decantada renovação da era Dunga é jogar o futebol brasileiro pro ar. Quem der o balão mais alto, ganha um leitão assado.