Sem qualquer exceção, todos os propineiros do Escândalo Arruda filmados pelo alcagüete Durval Barbosa, desqualificam a data das filmagens em que aparecem como famosos canastrões.
Atores principais de uma tragicômica pornochanchada, os políticos não explicam o enredo que mais interessa aos eleitores: o que eles estavam fazendo naquela superprodução escondendo em bolsas, roupas, bolsos, cuecas e meias de grife o dinheiro limpo que recebiam aos montes das melhores lavanderias do ramo. Não explicam também por quê, se não era sujo, não mandavam depositá-lo em suas contas bancárias.
Todos resolveram entrar na Justiça contra o delator premiado que já carrega, desde os velhos e bons tempos de Joaquiim Roriz, mais de 20 processos nas costas. Duro vai ser algum oficial de justiça entregar a intimação a Durval, já que pela delação ele está sob proteção federal, em lugar incerto e não sabido por razões óbvias e lulantes.
Nesse interim, Toffoli o ministro que não precisou ter notório saber jurídico para virar ministro apadrinhado de Lula no Supremo Tribunal Federal, já mostrou a que veio e por quê foi parar lá: livrou a cara do tucano mineiro Eduardo Azeredo, acusado de corrupção e um mal-explicado envolvimento com o valerioduto.
O choro é livre: Manuel Zelaya, o golpista do referendo protegido de Lula na Estalagem do Brasil Da Silva, disse hoje da sacada brasileira em Tegucigalpa que "a democracia morreu em Honduras". Pranto de perdedor: ele é que já morreu e não sabe.
Enquanto anda para cima e para baixo, pelo mundo afora e uma lá que outra visitinha ao Brasil, Lula quebra a cabeça para encontrar um laranja para contrariar a extradição do bandoleiro Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália. Não demora nada vai aparecer um cão fiel para assumir o triste papel de cachorro morto. Afinal, só assim pode escapar de levar um chute. A permanência de Battisti no Brasil de Genro - o Tarso de Lula na Justiça é só uma questão de escolha. Pode ser um desses honoráveis senhores públicos e notórios que gostam de pagar o pato.
Lula vive mesmo num mundo à parte. Talvez até porque nasceu virado pra Lua. O mundo dele está tão virado que o bordão "uma imagem vale mais que mil palavras" se transformou na sentença peremptória: "as imagens não falam por si".
No horário gratuito de TV, dona Dilma Roucheffe está contente Da Silva com o Brasil de Lula: "Sabemos como vencer. Lula nos ensinou". Faz sentido, uma senhora sem diploma receber aulas de um displomado.
Esse governo pode saber de tudo, só não sabe trabalhar. Lula não lhes ensinou nada disso, pois faz muito tempo que está aposentado. Mais que isso, inativo.