O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

30 de dez. de 2009

DEMOCRACIA CALAMAR

Dilma Roucheffe da Casa Civil e do mestre Lula e seus apóstolos é, como candidata do Palácio ao Palácio, menos forte do que são fracas as figuras que se apresentaram até agora como concorrentes à Presidência da República dos Calamares no nefasto dia 2 de outubro de 2010.

Nefasto pela consolidação do voto obrigatório como ferramenta que malha em ferro frio - já que bota sempre um pior que o outro no lugar daquele que já não prestava; nefasto porque é dia de usar o voto como arma que atira contra o pé da nação, posto que consagra a hipócrita democracia instalada desde Sarney até esse Brasil Da Silva, dona das três falsas verdades: liberdade de credo, de pensamento e de expressão.

A Redentora de 1° de abril de 1964 foi um logro que se maculou dos pés à cabeça, dentre outras maldades, pelo AI-5 que teve, como imediata repercussão, o fechamento do Congresso Nacional - hoje a reaberta maior casa de tolerância do país.

A democracia inaugurada já tinha na figura do seu ocasional presidente, pelo passamento de Tancredo ao sopé da rampa, o prenúncio do que seria para essa benfazeja terra. Chegou às e escorregou das mãos de Beira-Collor, caiu no colo de Itamar, passou por dois mandatos de FHC - O Entreguista do Terceiro Milênio e esbaldou-se em duas cartonárias e corporativas gestões do mestre Lula e seus apóstolos que editam um AI-5 por dia, disfarçados de Medidas Provisórias, só para garantir a "governabilidade por coalizão".

Medida Provisória é um epíteto prático que encobre - melhor do que cuecas e meias - o sentimento hermafrodita dessa democracia que nos atinge com a banalização do escândalo, marca registrada de uma forma de governo que desdenha da ética e desmoraliza a integridade.

Coisa de invertebrados que dominam o mundo em que se sentem à vontade. Um universo próprio de aves, peixes, repteis, anfíbios em que todos, ao fim e ao cabo, são aparentados.Todos têm um antepassado comum. Por isso se coalizam.

Donos desse poder de dissimulação, desleixam da missão de pelo menos se aproximarem dos vertebrados, dos que têm coluna cervical e não um tubo que faz ligação direta da faringe com o estômago e com aquela parte onde as costas perdem a sua referência de dignidade. E assim é a democracia calamar.

Então desse jeitinho brasileiro de ser e de ter, com as costas largas e escorregadias, são incapazes de realizações, de obras, de feitos de grandeza. E suas causas e efeitos nunca cheiram bem. É de sua natureza.

Nuncanessepaís se teve um presidente com tanto poder para não realizar absolutamente nada além do que não tenha sido visitar o Brasil nos intervalos de suas voltas ao redor do mundo em busca de medalhas, comendas, queijos e abraços.

No que foi mesmo de objetivo, de concreto que essa bandalha turística que fez do globo terrestre uma vitrine mundial resultou para a qualidade de vida do povo brasileiro, só Deus sabe. Mas Ele só vai nos dizer depois de pedir licença ao mestre Lula do Brasil Da Silva.

Na próxima cúpula lá no céu, a comitiva do deus brasileiro será composta por bem mais do que os 800 cupulantes que foram passear no maior clima em Copenhague. E até o sapo e o jacaré que têm boca grande, serão convidados. A gente paga a conta.