Quando falar de políticos era bom II
Carlos Eduardo Behrensdorf
De Roma
Continuando nosso roteiro Sul > Norte contando histórias do folclore político brasileiro, transcrevo duas historinhas ocorridas em Santa Catarina, relatadas por Sebastião Nery desta vez no livro “Folclore Político – 2” Editora Record – 1976”. (Carlos Eduardo Behrensdorf, de Roma)
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Colombo Sales era governador, o ministro Mário Andreazza foi lá inaugurar uma estrada. No discurso de saudação, Colombo descobriu estranhíssimas Américas nos olhos de Andrezza:
- O verde de teus olhos é a mais alta afirmação do civismo pátrio.
Os olhos de Andreazza ficaram civicamente verde-amarelos. (Folclore 2 – página 104)
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Ventura, doqueiro de Santa Catarina, foi eleito deputado classista em 1934. Antônio Carlos, presidente da Câmara Federal, sempre lhe dava a palavra assim:
- Vai falar o representante das classes menos favorecidas.
E Ventura sempre começava assim:
- Senhores representantes clericais, feudais e burgueses! (Folclore 2 – página 104)
RODAPÉ - Espero que as novas gerações de eleitores e candidatos a políticos inspirem-se nos relatos que reproduziremos aqui neste conturbado Sanatório da Notícia e mandem para casa, no voto, as ratazanas que ainda ocupam câmaras municipais, assembléias legislativas e o Congresso Nacional. Falo em mandar pra casa, pois duvido que alguém vá em cana.( CEB/Roma/2009)