Já se passaram dez dias desde que estourou o escândalo; as cuecas e meias já estão quase lavadas e Arruda ainda integra os quadros do partido.
Foto: R. Stuckert/PR (2/5/2007)
O que os comparsas de Arruda e aquele punhado de mani-festantes de cara-suja estão fazendo para empurrar com a barriga o processo de impeachment do chefe dos mensaleiros de Brasília, é fichinha diante da modorra que tomou conta dos caciques Democratas.O que vai acontecer lá na Câmara Distrital com relação aos pés de Arruda que os honoráveis distritais escondem atrás de suas orelhas ensurdecidas diante do clamor popular é, nesta hora, menos importante do que a imediata expulsão do achacador-mor da Capital da República Brasil Da Silva.
Uma vez expulso do partido, Arruda não terá tempo para inscrever-se em outra facção criminosa que lhe facilite candidatar-se a qualquer coisa: de distrital a governador; de deputado a senador. Arruda, fora do DEM agora, dá adeus na hora a qualquer pretensão política para o ano que vem.
O DEM DEMora, no entanto, não por pruridos de compaixão; nem por elevado zelo pela vida pública que acaba indo para a privada. A DEMora é pela simples galinhagem de que Arruda - o Careca da Vez, tem as porcarias do time inteiro nas mãos.
Se o depenarem hoje, amanhã vai saltar pena suja pra tudo que é lado. E se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão... Ops, isso é só o trecho de uma musiqueta que, quando se vê, volta ao topo das paradas. Está virando fundo musical e hino nacional da casta que nos governa.
RODAPÉ - A foto é do Arquivo do Palácio do Planalto. Mostra Lula do Brasil Da Silva no Palácio do Itamaraty condecorando, em 2007, o comendador Zé Arruda com a Ordem do Rio Branco.
