O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

30 de mai. de 2016

SEGREDO DE POLICHINELO:

LULA SABIA QUE O MENSALÃO
NÃO ERA "CAIXA-2" DE ELEIÇÃO

Todo mundo sabe disso, mas agora o segredo de Polichinelo tem o selo de garantia de uma delação premiada. 

O ex-deputado federal Pedro Corrêa, condenado já no âmbito do STF, confirma a tese da Lava Jato: os escândalos do Mensalão e do Petrolão nasceram de um esquema organizado e sistemático de corrupção para compra de apoio político para manutenção do poder com a influência direta de Lula, na época tão presidente quanto foi até o dia em que Dilma virou presidenta-afastada. 

Foi o que Lula sempre chamou de "estratégia de coalizão pela governabilidade", eufemismo para compra e venda de almas, corações e vidas. Pedro Corrêa contou tudinho, tintim por tintim, aos investigadores da Lava Jato: 

"Lula tinha pleno conhecimento de que o Mensalão não era "Caixa-2" de eleição, mas sim propina arrecadada junto aos órgãos governamentais para que os políticos mantivessem as suas bases eleitorais e continuassem a integrar a base aliada do governo, votando as matérias de interesse do Executivo no Congresso Nacional". Mais claro do que isso, só desenhando.

DESENHANDO A DELAÇÃO

Corrêa descreveu, assim como quem desenha, as reuniões em que participava do Conselho Político - cria de Lula, nas quais "sempre estavam presentes o presidente Lula, o ministro Zé Dirceu, o ministro Antonio Palocci e, depois, o ministro Aldo Rebello e os presidentes dos partidos da base aliada". Pronto, desenhou de novo. Era o Carnaval do Mensalão. Olha a estratégia da coalizão, aí gente! 

Corrêa contou - e palavra de delator vale pra burro! - que nos encontros com Lula e seus ministros do Conselhão os presidentes ou líderes dos partidos da base aliada faziam queixas a respeito das dificuldades que uns que outros tinham em determinadas bocas federais, onde os chefetes não se empenhavam como deviam para atender às, digamos, reivindicações dos parlamentares.

E aí Corrêa deitou e rolou: "Lula encarregava Zé Dirceu de fazer as cobranças sobre os dirigentes para que atendessem, com mais presteza, às solicitações dos partidos". E desfiou o rosário que bota de joelhos toda a candura de Lula: "Em alguns setores as reivindicações eram de arrecadação de propina e, em outros, de interesses políticos visa o ao favorecimento dos estados e municípios dos parlamentares"

E AGORA VEM O QUE INTERESSA...

Para Sérgio Moro, "a prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública". 
E a Vara de Moro continua implacável: "Corrêa é recorrente em escândalos políticos criminais e traiu seu mandato parlamentar e a confiança que a sociedade brasileira nele depositou". Moro disse isso e escreveu: "Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito." Que Vara, tchê!
ASSASSINANDO REPUTAÇÕES
Em nota demolidora de reputação, como de hábito, o Instituto Lula falou com a voz do dono e destacou que "o ex-deputado Pedro Corrêa já foi condenado pela prática de 72 crimes de corrupção". O instituto chama de "farsa histórica" a delação de Pedro Corrêa.
"Pedro Corrêa foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de 20 anos de cadeia por ter praticado 72 crimes de corrupção e 328 operações de lavagem de dinheiro. Foi para não cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o Ministério Público Federal uma narrativa falsa envolvendo o ex-presidente Lula. É repugnante que promotores transcrevam uma farsa histórica em documento oficial e promovam seu vazamento, claramente direcionado a atingir a honra do ex-presidente Lula", diz a entidade em nota.
GUERRA DECLARADA
Inocentezinho esse instituto, né não? Para que alguém firmaria um acordo de delação premiada, se não fosse para diminuir seu tempo de cadeia? Inocentezinho até ali... 
O instituto compra guerra com o Ministério Público acusando-o desassombradamente de fazer chantagem. Para o instituo, Lula é vítima e o Ministério Público é malfeitor. 
E o instituto ainda finge ter ânsias de vômito porque os representantes da lei e da justiça conspurcam a "honra do ex-presidente Lula". 
Essa honra a que o instituto se refere, deve ser aquela inerente à presidência de honra do PT que Lula exerce mediante polpudo salário mensal.
Mas, o tal Instituto Lula que ninguém sabe para o que é mesmo que presta é desaforado como ele só. No papel de intérprete da voz do dono, meteu os cachorros no Ministério Público, na Polícia Federal, na equipe da Lava Jato e nos meios de comunicação que não são pautados pelo PT:
"Estado de Direito não comporta esse tipo de manipulação, insidiosa e covarde, nem por parte dos agentes públicos, nem dos meios de comunicação que dela se aproveitam numa campanha de ódio e difamação contra o ex-presidente Lula". 
E, para encerrar mais uma cantilena que tem o cheiro das tintas usadas pelo Clube de 25 advogados gratuitos que cuidam da defesa de Lula, escreveram e assinaram embaixo:
"O vazamento dessa farsa é mais uma evidência de que, após dois anos de investigação, a Lava Jato não encontrou um fiapo de prova ou sequer indício de participação de Lula nos desvios da Petrobras, porque o ex-presidente sempre agiu dentro da lei. E por isso apelam a delações mentirosas como a do sr. Pedro Corrêa". 
FOLLOWING THE MONEY
Sabendo desses requebros lítero-advocatícios, sou acometido de repugnância, mas engulo em seco e me delicio com a certeza de que força-tarefa da Operação Lava Jato sabe com que tipo de meliantes está tratando. Trata-se simplesmente de uma pandilha de sevandijas que ainda não fechou acordo de delação premiada, razão pela qual, o que diz não vale nada. Cada vez fica mais fácil passar o Brasil a limpo: basta seguir a trilha do dinheiro de quem foi e de quem é contra a Lava Jato.