O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

16 de mai. de 2016

ORDEM E PROGRESSO E...

Tá, eu gostei da jogada do novo marqueteiro da República: Ordem e Progresso. É um empurrão positivista num país à beira da baderna. E dá um cutucão nos governantes que estão de saída. Mas, tem lá o seu lado autoritário que me incomoda um pouco. 

Parece que anuncia um governo que sabe tudo o que precisa ser feito, sem que precise ou queira perguntar algo para alguém. Parece que não precisa de nada para fazer o que acha que tem que fazer.

Eu estudei um pouco dessa ordem e progresso, lá por 1972 quando tive aulas de Organização Social e Política Brasileira, com um general duro e arrogantemente simpático no primeiro ano do curso de Direito na Universidade Federal de Pelotas. 

Ele não perguntava nada, só dizia o que era ordem e progresso. Nunca falou em suas aulas de moral e civismo, por exemplo, em liberdade e muito menos que todo o poder emana do povo, em seu nome deve ser exercido e ao povo sempre e necessariamente devolvido. 

Pouco mais tarde eu desisti do curso de Direito. Mas, não foi por causa disso, não. Foi mais pelo jornalismo que nunca me saiu da cabeça. Até hoje estou esperando que o slogan do nosso glorioso pavilhão nacional seja uma frase completa. Um slogan que ponha o povo no meio.

RODAPÉ - Complete, por favor e com plena liberdade, a frase: Ordem e Progresso... Ou então, deixe como está pra ver como é que fica.

DOIDA DE PEDRA

Deu a louca no mundo da louca: Dilma agora quer ser governadora. Com o pé no estribo rumo à vala comum, ela diz que pensa em renunciar para disputar já, já, o governo gaúcho e, caso leve um carão tipo coice da gauchada, talvez então até tire os cariocas para dançar. 

E o Rio que se vire com essa dica, pois pior do que tá ele ainda fica. Mas se é para o bem do povo e felicidade geral da nação, não a contrariem, pelo amor dos deuses e dos diabos na terra do sol. Deixem que ela renuncie. E depois votem como o seu coração manda.

A SAÍDA HONROSA

Voltando à vaca fria. A renúncia de Dilma pode ter como desculpa uma candidatura a um governo qualquer, seja do Rio Grande do Sul ou só do Rio de Janeiro. Quem sabe até seja lá pelo Rio Grande do Norte; parece que o importante é que seja rio. Na realidade, a renúncia é a tal saída honrosa. 

E até que nem é tão desprovida de sapiência. Renunciando, Dilma não ficaria inelegível por oito anos como está prestes a ficar, antes mesmo que se completem 180 dias de purgatório. Se Dilma seria eleita ou não, aqui ou ali, pouco importa. O que vale é a saída airosa com plena condição de elegibilidade. 

Plena e inútil em termos das urnas indevassáveis dessa depauperada invencionice que ela apelidou de Pátria Educadora.

OS QUATRO TRÊS MOSQUETEIROS
Pelas vias, avenidas e corredores da Esplanada dos Ministérios, quem ainda perambula por lá, mal pode esperar pela nova fase da Lava Jato. O mimimi todo é porque três dos mais arrebitados mosqueteiros de Dilma já não têm mais foro privilegiado: Jaques Wagner, Antonio Palocci e Ricardo Berzoíni. E, no Planalto Central do Brasil, como na história de Alexandre Dumas, os três mosqueteiros são quatro: Lula é o Dartagnan da República.

MORRE CAUBY PEIXOTO

Cauby Peixoto morreu. Tinha 85 anos. Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu. Só o que se sabe é que calou-se a voz mais bonita e exagerada do Brasil.