MICHEL MIGUEL RESSUSCITA
O MINISTÉRIO DA CULTURA
Nesta segunda-feira o ministério que já era volta a ser o que nem chegou a não ser. O governo Michel Miguel ressuscita o Ministério da Cultura que, na primeira semana de poder absoluto para o novo governo fazer o que melhor soubesse fazer, foi abatido sem dó nem piedade e pura precipitação.
O triste e repentino fim da Cultura como ministério, abalou os brios e os bolsos dos velhos artistas e intelectuais de sempre.
Mas que ninguém se engane, se a morte súbita da pasta abalou os coxinhas lulodilmáticos, abalou também os coxinhas da direita que gostam da arte e da cultura como plateia.
Michel Miguel, percebeu-se pressionado e qual um Mecenas, mais como um Messias, mandou o Ministério da Cultura - como se fosse um Lázaro caseiro - levantar e andar.
Na verdade, no fundo, no fundo Michel Miguel, como todos nós, sentiu que o Ministério da Cultura não era o mal. Estava apenas inoculado pelo Mal de Lula: parecia uma coisa e era outra. Servia aos que se serviam dele.
No fundo, no fundo, pois, todo mundo via com uma certa tristeza a morte prematura de um ponto referencial de cultivo e fomento à cultura em um país com mais de 200 milhões de habitantes.
Que esse toque mágico do poder de vida e morte de um governante sobre as coisas do Estado, sobre as engrenagens da máquina pública, sirva para mostrar que Michel Miguel é um governante que pelo menos sabe reconhecer quando erra.
Que não comete a burrice de persistir no erro, com até aqui, há 13 anos, os donos do poder vêm persistindo.
Que volte então o Ministério da Cultura; mas que volte curado dos sintomas do Mal de Lula que fez Dilma deixar a Cultura caolha, capaz de só enxergar o talento de coxinhas lulodilmáticos, tratando porcos chauvinistas a pão de ló e reservando as pérolas mentais de seus discursos e aparições em palanques para aqueles a quem trata como porcos.