O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

15 de mai. de 2016

MÁ COMPANHIA
Pronto, a gente já sabe agora que Dilma Vana lá no Alvorada está só e mal acompanhada.  E assim a gente descobre que nem sempre as más companhias fazem que as pessoas sejam más. Entretanto, o que me preocupa nesse governo-tampão do Michel My Love é que as más companhias que ele escolheu para o seu ministério, façam a gente pensar que ele é melhor do que é. 

SEM ESTOQUE
Sei lá, mas tenho a nítida impressão de que, em 13 anos e meio de governo, o Lula e a Dilma gastaram todo o estoque do PT de não ter medo de ser feliz.

DEPRESSÃO
Dizem que Lula anda em depressão. Duvido e faço pouco que a sua crise pessoal chegue sequer aos pés do mero sintoma da crise econômica, política e moral que botou o Brasil no estado de depressão em que se encontra.

ACABADA
Olhando assim de longe a figura peripatética da ciclista Dilma, aquela que adora pedalar, chego à conclusão de que ela não está com aquele ar de quem completou o governo; ela acabou com o governo. Dilma, por mais que se esforce, não é uma mulher completa; é uma mulher acabada.

COMPOSITOR
Ao entrar nesse samba do crioulo doido que virou o Brasil da Silva, Michel Temer está se achando um grande compositor: quer compor com todo mundo. (Alguém, não me lembro bem, já disse isso do Tancredo Neves antes que lhe batessem as botas).

DE MORTE NATURAL
Essa relação conflituosa entre Dilma Vana e Michel My Love Temer, jamais chegará aos pés da pororoca do desastrado casamento entre a Dilma e o Eduardo Cunha. Eles juram que vão viver separados até que a morte natural consiga juntá-los.

CHATOS
Às vezes esses políticos me causam um sentimento de desânimo tão grande que me dá a certeza de que a Terra não é redonda; é chata.

MINHA ALEGRIA
O que tem me dado uma vingativa e impiedosa alegria é saber que esse desânimo, essa depressão, essa tristeza de Lula é porque ele acha que ser rico e poderoso é tudo na vida.

CADÊ A POESIA?
Nunca vi graça nenhuma no jornalismo quando trabalhei pautado pelas linhas editoriais dos meus patrões. Passei um tempão começando minhas matérias como "o ministro disse ontem"... Eu nunca redigia nada que eu mesmo dissesse. Então, inda que mal pergunte: cadê a poesia da vida quando um ginecologista examina uma paciente no seu consultório?