PEC DA BENGALA
O lado bom da PEC da Bengala é que ela tirou de Dilma Vana o poder absoluto de aparelhar com ministros prosélitos o Supremo Tribunal do Governo e mais uns 20 outros tribunais.
Foto: Vilmar Tavares/ In memorian
Foi uma quebra no sistema de guarnição que rege, guarda e ilumina os malfeitos públicos e seus malfeitores contumazes.
A PEC da Bengala, no entanto, não é de todo provida de bondade e grandeza.
Ela guarda o cínico sentimento de autodefesa dos parlamentares que, amanhã ou depois, estarão sendo julgados na Magna Corte pelos malfeitos que a Lava-Jato já identificou.
Os ministros favorecidos por essa espécie de maioridade legal que lhes foi estabelecida para permanência no Supremo, podem se sentir perene e penhoradamente agradecidos. Isso, sem levar em conta que o próximo presidente terá os mesmos amplos e demasiados poderes para continuar aparelhando a maior instância do poder judiciário. Este é o lado ruim da PEC da Bengala.