ESTADO PRECÁRIO

Curto e grosso, rápido e rasteiro: essa coisa de reestatizar o estado que vem sendo praticada pelo governo Lula, não passa de uma reles terceirização. Abre as portas do emprego para quem tem carteirinha de aliado e revela um enorme salão de esperteza, incompetência e incapacidade de trabalhar. Lula dá um baile em demos, tucanos e quem quer que seja fora do círculo de seus seguidores de fidelidade canina. Com que orgulho, seus súditos se acomodam e ladram no aconchego das alcovas do poder: - O cão é o maior amigo do homem. Lula é o cara, nós somos os seus cães fiéis.

Nada de novo no front. Repetem apenas o que os ministros nazistas latiam quando se referiam ao führer. Falta-lhes - nessa paulatina e massacrante reestatização do Brasil - o veneno, o charme e a sutileza dos franceses, para clonar um Lula com feitio de Charles De Gaulle e bradar com retumbância como se pavoneava Luiz XIV, o Rei Sol: - L'Etat c'est moi.

No fundo, no fundo, no fundo - como grasna o chefe da nação - o governo Lula e seus circunstantes já são mesmo o Estado. Só não sabem o que mais fazer com ele, afora o desmanche da consciência nacional, da ética e da moral.

Esse é o estado em que eles estão deixando o Estado. Eles são o Estado.