O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

22 de set. de 2009

L'OSSERVATTORE PIANÍSSIMO

Uma história em quadrinho sem quadrinhos...
De Roma - Carlos Eduardo Behrensdorf


A dura realidade das notícias diárias, as quais devemos transmitir com detalhes e sem erros para nossos leitores, ouvintes, telespectadores, blogueiros e comunidade internética em geral cansa a minha beleza.

Nesses momentos de crise existencial/profissional/etária/financeira/geográfica saio em louca disparada rumo aos receptivos corredores desse maracanânico SANATÓRIO DA NOTÍCIA e, tal qual aquele coelho maluco e babaca do País das Maravilhas da Alice, vou para o mara-vilhoso mundo da ficção.

Como não é novidade, quase todo o jornalista tem vontade de escrever um livro sobre suas experiências, idéias, reportagens, dificuldades, sucessos e insucessos. Na verdade, o que muitos querem – e eu também – é escrever sem pauta, o que é pouco provável.

Assim sendo ou sendo assim, ou nem sendo e muito menos assim e tendo como plataforma de lançamento a minha falta de fôlego para grandes textos – ou textos grandes melhor dizendo – penso que meu livro seria uma história em quadrinhos para atingir um público maior, tanto adulto como adolescente e infantil.

Como sonhar não custa nada, idealizei o meu conto ilustrado sem fadas.
Seria uma história em quadrinhos sobre um país imaginário na América do Sul com cenário irreal, de ficção, devasso, mágico e travesso. Os personagens seriam Batráquio, o Trama, o Bat Tam para a gang; Trago Gênio, o Justiceiro, e Amendoím - o Pequeno, um rapidíssimo leva-e-traz.
No delírio quase criativo imagino que o irreverente e popularíssimo Bat Tam, O Batráquio, faria brincadeiras as mais variadas para mexer com seus vizinhos. Trago Gênio daria as explicações jurídicas e incontestáveis mostrando que não haveria nada de errado, e Amendoím iria de porta em porta, ou de vizinho em vizinho, com um recado para explicar o brinquedo.

As trapalhadas do trio superariam os personagens do filme O Mágico de Oz. – o Homem de Lata, o Leão Medroso e o Espantalho – e também Reco-Reco, Bolão e Azeitona da revista O Tico-Tico, a preferida do vetusto diretor “nouvelle vague” deste Sanatório que dá até Notícia.

Como no mundo da fantasia não há limites para o enredo, o mesmo poderia se dizer das aventuras do trio, ou seja, não haveria fronteiras para suas traquinagens.
Inventaria eu para eles invasões, evasões, votações, enganações, ilusionismo, nepotismo, falsas promesass e feridas sem compressas.

Um dia ainda vou escrever esta história.
Brasília e Roma mexem com a cabeça da gente...
Alou Equipe de enfermagem do SANATÓRIO DA NOTICIA!
ABRAM A PORTA QUE ESTOU VOLTANDO!
(Carlos Eduardo Behrensdorf - de Roma)


RODAPÉ - O caso do signatário não é de enfermagem é de arbitragem... num jogo de pingue-pongue, sem rede e sem bolinha. O diretor do nosocômio manda avisar: sua leitura predileta era Tim Capacete - herói das tirinhas Ramenzoni.