O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

26 de set. de 2009

Bola Genérica

TREINOS FECHADOS, NEM PENSAR
Moisés Pereira


Iniciei, digamos assim, minha formação no futebol na década de 50 por intermédio do Correio do Povo que meu pai assinava em parceria com meu tio e que chegava na minha Santa Vitória do Palmar às terças, quintas e sábados via Varig pousando no campo de aviação.

Assim na terça-feira eu lia sobre o Grenal que tinha sido realizado no domingo e muitas vezes com um rádio incipiente e incerto nem sabia o resultado. Acredite se quiser. . . Mas quase nas barrancas do Arroio Chuí era assim que acontecia.

Porque nasci na casa que viria a ser a sede do PTB do Getúlio, do Jango e do Brizola, onde a minha tia alugava a sala para as reuniões do partido, desde cedo fui um animal político, mas gostava mesmo era de futebol.

Do velho Correio lembro a Seção “Na Câmara e no Senado” onde acompanhava os discursos do Rui Ramos, Carlos Lacerda, Brizola e outros, mas sobre futebol na terça eu lia ainda o jornal de domingo e o de segunda-feira.

Hoje com a informação em tempo real e, por vezes tendo a opinião no Sanatório antes do fato virar notícia fico invocado quando contrariando tudo e a todos os nossos gênios-treinadores insistem em fazer treinos secretos para esconder o que todos ja sabem.

Se pela TV os nossos deputados e senadores (palavrão tá liberado no blog) invadem a minha sala na hora em que estão ou deveriam estar legislando, se tudo está sendo escancarado on line, convenhamos fechar os portões dos treinamentos chega a ser ridículo e até uma frescura.

No meu tempo de repórter setorista sentava no banco ao lado do saudoso Galego e do Tenente Fonseca, em Pelotas, assistia e não havia mistério. Era bem melhor.

Infelizmente o poder do técnico de futebol é maior do que sua capacidade e o bom senso. Endeusados por uma mídia intensa e acobertados por dirigentes amadores dão-se o direito de brincar com a inteligência do torcedor e submeter-nos a essas idiossincrasias megalomaníacas.