REPETITIVO - Para quem abriga Zé Sarney na presidência do Senado, asilar Zé Laya na Embaixada do Brasil em Honduras é apenas um gesto de coerência repetitiva.
PORQUE NO TE CALAS? - Asilo político é uma convenção que, para ser preservada e respeitada, exige silêncio e compostura do protegido pelas regras do "território" que o abriga. Se Zelaya não se comporta, a Embaixada do Brasil virou casa da mãe Joana.
O APARELHO - Como é que Zelaya pode, lá de dentro da Embaixada do Brasil, bradar "vitória ou morte!"... O quiéisso, cumpanhêro?!? Isso tá virando aparelho de guerrilha?!?
O TOLERANTE - E o porta-recado Celso Amorim tá nem aí. A embaixada virou a primeira grande casa de tolerância do Brasil em terras de Tegucigalpa.
A JUSTIFICATIVA - Observadores oposicionistas já desconfiam que Lula abrigou Zelaya só para justificar a compra de submarinos franceses. Se a ronda que os fregistas de Zelaya aplicam no prédio que acolhe o golpista do referendo for considerada como "cerco" do governo de Micheletti à Embaixada brasileira, ao primeiro tiro pro ar, Lula com base no Art. 137 da Constituição, declara "resposta a agressão armada estrangeira" e manda Amorim invadir Tegucigalpa pelo mar do Caribe. Ou pelo oceano Índico, quem sabe...
REPÚBLIQUETA DOURADA - A Embaixada do governo Lula em Honduras está com cara de república estudantil dos velhos tempos dos rebeldes sem causa. Essa aventura que Hugo Chávez armou para cima de Lula é apenas um caso com o rebelde Zelaya.
SAIA - Lula, com a saia justa em que se meteu, mais se parece hoje com a guerrilheira Dilma do que com o metalúrgico que ontem escancarava os portões da fábricas no ABC dos anos dourados.
O CARA - Se continuar insistindo em fazer queixa para a OEA, Lula vai acabar como réu nesse processo. Até agora, nenhum governo feriu mais a convenção da Organização dos Estados Americanos do que o Brasil de Lula e Amorim.
A CONTA - A família de todo e qualquer vítima hondurenha nessa insurreição atirada por Chávez no colo de Lula, pode mandar a conta das pompas fúnebres para o dono do Palácio do Planalto.
O BRILHO - Olhe bem nos olhos de Lula. Aquele brilho denuncia um certo prazer que decorre da sua transformação de presidente do Brasil em xerife do que os EUA deixam restar do continente americano. Sua preocupação é que não vai poder esconder que foi Chávez quem elucubrou tudo isso. Aí, vira vice-delegado de Huguito.
