LAVA-JATO AMERICANA MIROU
NA CARTOLAGEM LATINO-AMERICANA
Só um pouquinho mais sobre essa prisão dos dirigentes da Fifa, lá na Suíça, na antevéspera de mais uma eleição presidencial na entidade-mor do futebol mundial.
As prisões se deram no Baur au Lac, um luxuoso hotel cinco mil estrelas, de Zurique. Os agentes policiais chegaram à paisana ao hotel durante a madrugada. Com as ordens judiciais na mão, receberam as chaves dos apartamentos e botaram mãos à obra.
A cartolagem é acusada de fraude, lavagem de dinheiro e uma coleção de crimes financeiros. A Operação Lava-Jato deles lá, mirou com precisão nos cartolas da Latino-América.
É que a Justiça americana - que adora crimes financeiros, mesmo quando não sejam cometidos por um Al Capone - teve mostras de que boa parte das propinas sob investigação tem tudo a ver com a organização da - adivinhem! - com a organização da Copa do Brasil, Taça Libertadores da América e da Copa América. Marin, o Medalhão de Ouro é acusado de corrupção e de conspiração.
O Ministério Público da Suíça confiscou documentos e computadores na sede da Fifa que conteriam a comprovação de que os cartolas receberam propina também para votar nas sedes das Copas da Rússia e do Qatar.
O esquema ultrapassa 100 milhões de dólares de propina e comissionamento lavados em meios de comunicação e empresas de marketing esportivo que recebiam direitos midiáticos de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina.
Para a Procuradoria-Geral da Justiça dos Estados Unidos, o empresário brasileiro J. Hawilla, dono da Traffic, agência detentora de direitos de transmissão e parceira da CBF, está envolvido até os gornes no suborno.
Então agora, inda que mal pergunte: você teria alguma ideia de como a Copa do Mundo de 2014 veio parar no Brasil?