Enfim o governo Dilma sai do papel!
Então tá, o papa bateu com a cabeça no México e foi pedir pra sair logo em seguida lá no Vaticano. E foi só o que aconteceu no Brasil de 1º de janeiro até este sábado, histórico dia 16 de fevereiro de 2013, quando se cumpre, até que enfim, a primeira medida que sai do papel no governo Dilma Vana: fim do horário de verão!
E o que parece um avanço, na verdade é mais um retrocesso. Demos para trás exatamente uma hora com relação ao meridiano de Greenwich.
Ora, direis, essa história do Bento XVI foi no eixo México-Vaticano e não no Brasil. Então, nem isso aconteceu por aqui. De concreto mesmo, o governo foi enérgico o bastante para acabar com o horário de verão, aumentando a estação mais quente do ano;de todos os anos.
Atentai, porém, para dominardes o fato de que aquilo que parece um avanço, na verdade é um retorcesso. Aplicamos um tratamento de choque nos nossos relógios - todos eles - e demos pra trás exatamente uma hora com relação ao fuso horário mundial. Esse governo é do outro mundo.
E já que andamos pra trás, melhor do que patinar é aproveitar os tempos idos e relembrar o que de bom deu-se de produtivo nesse país, num breve retropasseio pela Esplanada dos Ministérios:
Dia 08 de junho de 2011 - Casa Civil da Presidência da República - Dilma mal pegara a vassoura para assumir o cargo público de faxineira oficial da República: trocou Antônio Palocci por Gleisi Hoffmann;
Dia 10 de junho de 2011 - Ministério da Pesca e Aquicultura - Sai Ideli Salvatti que não sabia pescar para entrar o garçom Luiz Sérgio Oliveira que não sabia servir;
Dia 10 de junho de 2011 - Secretaria de Relações Institucionais - Sai o garçom Luiz Sérgio Oliveira e entra a garçonete espivitada Ideli Salvatti;
Dia 11 dejulho de 2011 - Ministério dos Transportes - Alfredo Nascimento é tirado pra dançar por Paulo Sérgio Passos; acaba varrido "como lixo" para baixo do tapete;
Dia 4 de agosto de 2011 - Ministério da Defesa - Dilma acha que Nelson Jobim não rima com Celso Amorim; tira um e bota outro. Joguinho de caxangá;
Dia 18 de agosto de 2011 - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Wagner Rossi é escatafedido para que Michel Temer recomende o inofensivo Mendes Ribeiro Filho;
Dia 14 de setembro de 2011 - Ministério do Turismo - Sai o gastador Pedro Novais para entrar um Gastão Vieira;]
Dia 27 de outubro de 2011 - Ministério do Esporte - Aos 44 do Segundo Tempo Dilma Vana substitui Orlando Silva Jr. pelo atlético e Aldo Rebelo craque de enorme resistência na modalidade chute no traseiro;
Dia 4 de dezembro de 2011 - Ministério do Trabalho e Emprego - Carlos Lupi cai sem levar uma bala perdida sequer e entra na cena do crime Paulo Roberto dos Santos Pinto;
Dia 24 de janeiro de 2012 - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Aloizio Mercadante, O Irrevogável é revogado por Marco Antonio Raupp que, sem jogo de cintura, já está entrando na dança das cadeiras;
Dia 24 de janeiro de 2012 - Ministério da Educação - Fernando HaHaHaddad é trocado por Aloizio Mercadante;
Dia 2 de fevereiro de 2012 - Ministério das Cidades - Mário Negromonte sai de trás do armário e é su´preendido pelas costas por Aguinaldo Ribeiro;
Dia 10 de fevereiro de 2012 - Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres - Iriny Lopes, a que não exalava odores por Eleonora Menicucci, a que não cheira;
Dia 2 de março de 2012 - Ministério da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio Oliveira dá de mão beijada as sandálias de pescador para Marcelo Crivella que não sabe o que é uma minhoca e muito menos um anzol;
Dia 14 de março de 2012 - Ministério do Desenvolvimento Agrário - Afonso Florence, O Vagaroso perde a corrida para Speed Pepe Vargas;
Dia 3 de maio de 2012 - Ministério do Trabalho e Emprego - O interino Paulo Roberto dos Santos Pinto dá lugar ao novo e breve titular Brizola Neto, que não é nem sombra do avô
Dia 13 de setembro de 2012 - Ministério da Cultura - Ana de Hollanda é pisoteada pela sola de sapato de Marta Suplicy, qualificada em levar chutes de Lula nos fundilhos.
E para que a sua memória tudo não morra na Missa de 7° Dia - como rezava Millôr Fernandes - lembre-se que Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva Jr., Carlos Lupi e Mário Negromonte foram empastelados por denúncias de irregularidades; saíram todos com a pecha de malfeitores de malfeitos contumazes;
Ideli Salvatti e Luiz Sérgio Oliveira trocaram as pastas para equilibrar o governo depois da saída de Palocci da Casa Civil. Deu no que deu e nem poderia ser diferente.
Nelson Jobim, tal qual o papa Bento XVI, pediu pra sair. Ele implicou com as duas gurias medonhas de Dilma, Ideli e Gleise. Aí, mexeu com as abelhas e foi vitima de uma picadura política.
Fernando HaHaHaddad deixou a vida o levar; vestiu a carapuça de poste lulático e foi disputar o governo do município de São Paulo. Abriu a boca rica para Aloizio Mercadante no Ministério da Educação, deixando o Ministério da Ciência, onde não fez mais do que política.
Iriny Lopes deixou a pasta para disputar o governo do município de Vitória em 2012 que achava ser bem melhor do que assistir a comerciais protagonizados por Giselle Bündchen. Gosto não se discute.
O petista Luiz Sérgio Oliveira foi substituído por Marcelo Crivella do Partido Republicano Brasileiro (PRB) para, digamos assim e que ninguém nos contrarie, "dar maior visibilidade" a esse partido nanico, grande aliado do governo.
Afonso Florence foi substituído por Pepe Vargas no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O Palácio do Planalto bafejou que o ministro deixava o cargo "para se dedicar a projetos importantes para seu Estado, a Bahia". E assim refez a maquiagem de malandro que os baianos fazem questão de estender pelos brasís afora.
Depois de consolidar um enorme acervo de críticas, a ministra da Cultura Ana de Hollanda parou de receber diárias dos fins de semana que passava no Rio de Janeiro, onde é residente e domiciliada desde pequenininha. Ela saiu com fama de desafinar com o governo, e acabou fazendo a alegria da senadora Marta Suplicy que, em troca, subiu no palanque com Haha Haddad nas eleições para a Prefeitura de São Paulo.
Pronto! Taí o que andou ocupando o governo nesses dois últimos e proveitosos anos. Pronto, mas nem tanto. Helena Chagas, porta-voz de Dilma acaba de jurar que não há nenhuma "reforma ministerial" na agenda da primeira-mulher-presidenta. Taí, ó. Vai começar tudo de novo. E está na hora de tirar do fundo do baú a velha verdade popular: "Relógio que atrasa, não adianta!".