Chalita é católico demais
De olho nas eleições para o governo de São Paulo, Aloízio Mercadante hoje do MEC, detona como pode a indicação de Márcio Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia que, um dia, já foi mercadantilizada. Espalhou no meio científico que "Chalita é católico demais" para a pasta e poderia boicotar projetos e programas que batem de frente com dogmas da Igreja. O próprio carismático Chalita andou se queimando com Dilma Vana ao conceder, aqui e ali, entrevistas como se já fosse ministro do governo.
A propósito, na tardinha desta quinta-feira, a primeira-presidenta Dilma foi à Catedral de Brasilia prestar homenagem às vítimas da tragédia da boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria. Isso quer dizer umas duas ou três coisinhas: uma, pronto, tá resolvido o problema da segurança nas noites do Brasil; duas, renasceu na mineira a gaúcha que existe em Dilma; três, Dilma é mais católica do que descrente em Deus com se dizia nos tempos de guerreira; quatro, isso é bom para Márcio Chalita e ruim pra Aloízio Mercadante.
Me engana que eu gosto
Aí os arautos de gaveta da economia oficial informam que a inflação de janeiro foi a maior dos últimos oito anos: 0,85%. Me engana que eu gosto. Em janeiro do ano passado, a consulta do meu endocrinologista custava R$ 80; neste janeiro fui lá, mostrar meus testes de glicose, colesterol, triglicerídios e similares: paguei R$ 200. Voltamos aos velhos tempos das cartas do Henfil à mãe dele para reler aquela em que ele aconselhava: "Mãe, tira da poupança e aplica na inflação".