Sabe quando Luiz Erário da Silva esteve tão calado quanto hoje? Quando estopurou o escândalo do mensalão. Hoje, cabalísticos sete anos depois, pelo mesmo mensalão, Lula comeu em tranca, fez boca de siri, não disse um ai.
Mandou dizer por escrito no site do Instituto Lula que seu sentimento era de indignação. Isso ele soube mandar dizer; dizer para o que é mesmo que serve o tal instituto que lhe escamoteia o nome, ele não disse e nem mandou dizer até agora.
Ontem, aqui em Brasília, mais precisamente num palanque oficial da primeira-presidenta Dilma, Lula discursou numa luta insana contra moínhos de vento, contra adversários imaginários, "essa gente que não gosta de mim". Pouca gente, pelas suas contas.
Pouca e desconhecida brava gente brasileira. Se Lula desceu a rampa do Palácio com 80% de popularidade, restaram-lhe 20% de rejeição. Vinte por cento de 198 milhões de brasileiros, dá uma continha mixuruca de 39 milhões e 600 mil inimgos.
Se fosse John Wayne, Lula daria um jeito; se fosse Deus, Lula seria magnânimo como tem sido com o seu divinal silêncio diante das denúncias de achaque ao STF que Gilmar Mendes tem lhe aplicado, sem sequer contar os próprios aliados.