Veja que o texto se refere a "pressão a ministros"... Quer dizer que, para a OAB Lula botou o bloco na rua. A blitz seria em massa.
O organismo dos advogados brasileiros acha que, em caso de confirmação, as conversas denunciadas por um ministro titular do Supremo, é coisa de extrema gravidade. Então a OAB quer que o ex-presideus dê explicações para este tipo de comportamento. A nota tem o jamegão de Ophir Cavalcante, presidente da ordem e progresso da classe.
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E nesse vai da valsa, Gilmar Mendes continua dizendo que Lula propôs ajuda em CPI para adiar o mensalão. Bolas, se isso não é nada, então tudo não é nada mesmo nesse Brasil Dilma da Silva.
E, assim é que tanto é que Nelson Jobim, o que perdeu a boca-rica da Defesa para o Amorim, se recusa a falar sobre o pedido de Lula a Gilmar Mendes.
Orra meu, o que é isso, companheiro? Se estava lá, se foi lá mesmo nas acomodações dele, se ele não é surdo nem nada, por que não pode agora dizer que Lula não fez nada disso e que Gilmar Mendes é, senão um mentiroso, um tremendo falastrão?!
A OAB por seu turno, diz no documento que tem plena confiança na independência dos ministros do Supremo Tribunal Federal "para julgar, com isenção e no devido tempo, as demandas que constitucionalmente lhe são apresentadas". Grandes coisas reafirmou a OAB... Era só o que faltava o Supremo não ser supremo.
Verdade é que a revista Veja mostrou que Lula ofereceu ao ministro blindagem na CPI que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. Cruz, credo, meus crentes! E o Lula não acaba de vez com essa revista implicante e mentirosa que lhe provoca azia todo santo dia?!?
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Já por parte de Mendes e enquanto isso, vazou a conversa. O diabo é que o ministro não foi fundo e não disse mais do que um instigante muxôxo tipo assim "fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente."
Pelo que dizem marias e clarices, tudo que não aconteceu para Lula e Jobim que fazem cara de paisagem, se deu em 26 de abril no escritório de Jobim que foi ministro de Lula e um pouquinho só de Dilma. Jobim da Selva já chegou até a presidir o STF. Bons tempos aqueles. Para ele.
Ele agora não se lembra, nem quer falar dessa coisa de que o presidente de honra do PT tenha dito a Gilmar Mendes, que é "inconveniente" julgar o processo agora - conforme esculhamba com destemor a revista Veja.
Jobim sequer tem lembranças de que Lula tenha chegado à ousadia de fazer referências a uma viagem a Berlim, quando Mendes se encontrou com o senador Demóstenes Fones, hoje em palpos de aranha por causa das suas ligações com Carlinhos Cachoeira.
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Demofone era, naquelas priscas eras, um dos interlocutores do Judiciário e de seus integrantes no Congresso.
A voz rouca de Lula não se faz ouvir. Ele bota na linha de frente os seus porta-recados que negam - peremptórios como um Tarso Genro - o conteúdo da conversa e juram de pés juntos que seu mestre nunca interferiu em processo judicial porra nenhuma.
Jobim das Selvas que já andou dizendo que nada desse papo tinha acontecido, agora jura por Deus e uma batata frita que não escutou o papo dos dois amigos velhos que , só por acaso e por um desencontro de agenda, se encontraram lá no seu escritório no mesmo dia, na mesma hora, na mesma sala.
O que continua vazando, pelas páginas da destemida Veja é que Gilmar teria se irritado com Lula e dito para ele que poderia "ir fundo na CPI". O que já é de admirar, afinal, o que é que um presidente desempregado da Presidência e simples presidente de honra do PT, teria que se meter, ou a fazer numa CPI que é do bicho, da jogatina, da corrupção, da bandalha geral?
Que Lula vem engendrando com os majoritários do PT uma pressão ampla, geral e irrestrita, usando e abusando do Judiciário e suas circunstâncias para dobrar a coluna do STF, todo mundo tá mais careca de saber que o próprio Lula.
Mas faz sentido: é que ele se borra todo de medo de que o mensalão seja, logo ali, o que realmente é: o julgamento de seu governo. Isso não tem nada a ver com salvar a carcaça de Zé Dirceu e seus 40 mensaleiros.
Como a revista Veja não tem papas na língua, nem é um convento para abrigar freiras entre suas páginas, ela joga farofa no ventilador e garante que o próximo alvo de Lula era o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto.
E pode-se acreditar, pois há bem pouco, num desses almoços de prato-feito no Palácio da Alvorada, Lula animou-se a convidar singelamente Britto para "tomar um vinho" com ele e Celso Bandeira de Mello, nada mais nem menos do que um dos responsáveis pela indicação daquele que hoje preside o STF.
Britto arrolhou. O vinho azedou e apressão da rolha de Lula foi tida pelo convidado como uma coisa sem malícia e que, nem só por isso, mas até por isso mesmo, a bebericagem não se deu. Britto deu de ombros, sacudiu a toga e, como não viu a marca do vinho, não sentiu nenhum sabor de chantagem ao derredor.
De tudo que a revista Veja contou e de tudo quanto não se sabe, fica o espanto pela atitude passiva de Lula diante de tantas e tão graves injúrias, calúnias e difamações.
Vai ver que hoje como nunca antes na história desse país, ele vive mais uma fase de Lulinha, paz e amor. Quem sabe lá, está apenas à espera do golpe dos blogueiros amestrados e de seu caçador de liberdades, Franklin Martins, o sombra do Marco Regulatório da Liberdade de Expressão, para dar um sumiço na Veja e na mídia que continua lhe provocando azia e mal-estar.