Vamos fazer o seguinte: botar de cabeça pra baixo tudo que o Sanatório da Notícia tem na cabeça contra Lula, o mais pernicioso presidente da história oficial dessa República.
Lula está falando a verdade. Jobim não está falando nada, não é porque não queira e não goste de falar, é só porque falou que não viu nada.
Então a gente temos - para seguir a cartilha de Hahahaddad que acha que está certo quando "nós pega os peixe" - a cristalina verdade que está aí viva e forte e não nos deixa mentir: Gilmar Mendes mentiu.
Gentem, tudo é como Lula diz que foi: o papo foi sobre vinho. Um vinho pra ser tomado com Ayres Britto, outro ministro que, nem de longe, lembra o colega Mendes.
Ninguém falou nada, lá no escritório de Jobim das Selvas, a respeito de adiar o mensalão, nem tampouco sobre uma viagem a Berlim, onde nunca, jamais, ninguém e nenhum dos dois esteve. Nem Lula, nem Jobim; só Gilmar e Domóstefone.
Então, ficamos assim. O que quer dizer isso tudo? Nada, vezes nada, noves fora, nada. Afinal, Gilmar Mendes é só um, de um time de 11 ministros do Supremo, palco iluminado e estádio principal de uma batalha campal da Lei e da Justiça contra Ali Babá e os 40 mensaleiros.
Uma coisa boba que não tem absolutamente nada a ver com um encontro fortuito, numa tarde à brasileira, no escritório de um advogado que já foi ministro da Justiça à moda Lula e da Defesa na época da compra de caças franceses pela módica quantia de R$ 22 bilhões dos cofres públicos. Foram todos até lá, aquele recôndido escritório, pra tomar um cafezinho e falar de amenidades.
Nada tem tudo a ver com o julgamento dos mensaleiros de Zé Dirceu que, segundo seu honorável chefe, está "desesperado" para entrar na roda e inocentemente saborear um requintado capuccino, como faz bem ao seu gosto de lobista republicano de sucesso, apenas superado pelo mago Antonio Calocci, pai dos consultores hodiernos.
Bolas, Gilmar Mendes mentiu. Jobim das Selvas, é a expressão ambulante da verdade absoluta e insofismável, salvo quando sai da sala e vai para a cozinha olhar a cafeteira. Lula é hors concours. Não mente, jamais; só se engana. Mas para chegar a tanto é preciso que sua porção Tim Maia fale mais alto.
Entre o Tim Maia do PT e o Gilmar Mendes do STF, quem não bebe, não joga, não fuma, não mente, é o que merece a nossa confiança.