O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

22 de mai. de 2012

A cara da CPI

Já que esta CPI Mista do Cachoeira não vai dar em nada assim do "jeito PT" que está, seus membros coesos e bem fornidos bem que poderiam convocar para depôr, mais do que a revista Veja, o jornal Folha de S. Paulo.

Essa mídia que tem mania de escarafunchar a vida pública que os políticos querem sempre deixar na privada, já está merecendo uma CPI definitiva; uma CPI que, afinal, não acabe em pizza.

Veja só o atrevimento da Folha de S. Paulo na edição desta gloriosa e silente terça-feira congressual. O jornal invadiu a privacidade do gabinete do senador aliado pra caramba, Vital do Rêgo, cujas despesas e excessos saem do bolso do eleitor, contumaz pagador da boa vida dessa banda larga de caras de pau. Veja a cara larga do presidente da banda da CPI do Cachoeira e de Todos Eles:

Presidente da CPI emprega
assessora fantasma no Senado

O presidente do CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), emprega no gabinete parentes de políticos e aliados: ali estão lotadas uma filha do ex-governador José Maranhão, a mãe do deputado federal Hugo Motta e uma prima do ex-senador Ney Suassuna, informa reportagem de Andreza Matais e Filipe Coutinho, publicada na Folha desta terça-feira.

Os funcionários ganham de R$ 2.000 a R$ 12,8 mil.

Ilanna Motta, a mãe do deputado, e Maria Alice Maranhão, filha do ex-governador, estão lotadas no gabinete do senador no Estado e são dispensadas de comprovar presença. Já Silvia Lígia Suassuna, prima do ex-senador, é assessora de Vital em Brasília.

Vital do Rêgo disse que não há influência política na contratação dos funcionários: "Todas as pessoas do meu gabinete exercem funções setoriais em nosso Estado".

O presidente da CPI também contratou como funcionária fantasma em seu gabinete Maria Eduarda Lucena dos Santos, que se diz coautora do hit "Ai, Se Eu te Pego", cantado por Michel Teló.

A Justiça concedeu liminar em favor dela e das amigas bloqueando o dinheiro arrecadado com a música até que se decida a autoria.

Maria Eduarda, 20, disse à reportagem que o pai é quem responde pelo cargo. Ela foi contratada em fevereiro de 2011 como assistente parlamentar com salário de R$ 3.450. E é dispensada de comprovar presença.

RODAPÉ - E assim você começa a entender porque o Carlinhos Cachoeira foi levado a não abrir o bico no depoimento combinado para mais uma terça-feira gorda na grande casa de tolerância nacional. Quanto a Maria Eduarda, coitada, ela só é fantasma porque não tem tempo para essas besteiras parlamentares, já que se dedica com avinco a inventar refrões para músicas que fazem sucesso na voz dos outros.