O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

2 de jun. de 2011

SANTOS 3 a 3 CERRO PORTEÑO

Se aqui no Sanatório da Notícia  a gente não levasse o esporte por esporte, diria bem direitinho pra vocês que o primeiro gol do Santos foi - imagine! - do Zé Eduardo, de cabeça e que o terceiro foi um gol de chapinha do Neymar...

Mas a Ala dos Torcedores Doentes só viu mesmo foi o esforço impressionante do goleiro paraguaio para tomar aquele segundo gol santista. A vídeo-cassetada foi tão cômica, tão tiririca que Piris, o zagueiro aquele que disse que o Neymar era um palhaço ficou sem saber do quê é mesmo que vai chamar agora o seu próprio goleiro.
Reprodução/Reuters
O 3 a 3 foi o que bastou para o Santos mostrar que o time do Cerro Porteño é apenas um cavalo paraguaio. Ninguém aqui do Sanatório  viu os gols que o Santos levou. Nem aquele último que entrou na gaveta, num petardo sensacional da intermediária. A turma aqui até viu e achou bonito, mas a gente não diz. Nem a pau.

Uma coisa todo mundo já notou: Rafael, o goleiro do Santos não entra em campo para jogar; ele gosta mesmo é de rezar.

Sim, ninguém tem qualquer sombra de dúvida: a defesa do Santos pelo alto é sempre mais perigosa que qualquer ataque adversário.

Aqui na Ala dos Torcedores Doentes, a gente não contraria: - Tá bem, tá bem, o Maikon Leite não é ruim, mas ele seria muito melhor se fizesse dupla gospel com o Nelson Ned. E pensando bem, seu futebol tem estatura pra isso.

E pronto, no finzinho do jogo, cara a cara com o paspalhão guarda-valas do Cerro, o Neymar perdeu um gol que até o Pelé faria.

Reprodução
Conversa de arquibancada:
- Pô, deram uma pedrada na testa do Muricy, pra quê isso?!?
- Pra mostrar que ele é um cabeça-dura.

No campo da política, os torcedores tucanos desmentem que tenham jogado uma bola de papel na cabeça do técnico santista obedecendo a uma ordem de José Serra: - Ele jamais faria isso, mesmo sendo palmeirense. Isso é intriga da oposição. Há controvérsias.

Ah, antes que a outra grande atração dessa semana futebolística caia na Ala dos Desmemoriados: pela Copa do Brasil, no clássico Vasco-Co, o time de São Januário tocou uma goleada de 1 a 0. Foi uma coxada do time carioca no imbatível Coritiba. No segundo jogo decisivo pela vaga à Libertadores, semana que vem, os vascaínos vão jogar na capital paranaense - cidade que conhecem de cabo a rabo, mas que nutrem notória preferência pela parte que fica bem ali, na entrada, onde Curitiba começa...