O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

8 de jun. de 2011

NOVOS ARES NA CASA COVIL DA PRESIDÊNCIA

A Ala dos Profetas do Acontecido aqui do Sanatório da Notícia, estava pra lá de certa: Gleisi Hoffmann é ingênua.

Tai ó, entrou na conversa e agora é dona de Casa Civil. Trocou a casa de tolerância nacional pela casa mal assombrada.

Gleisi dá um novo ar à Casa Covil da Presidência da República. O ranço não sai todo de vez, mas pelo menos Gleisi lembra assim, alguma coisa tipo desodorizante de ambiente. Tem-se a impressão de que, na primeira prateleira, a gente vai encontrar um atrativo display:

Prefira Gleisi - o novo clima da Casa. Agite bem para poder desinfetar.

Ao usar Gleisi, Dilma limpou a barra com um jato só: primeira desinfetada, Gleisi é mulher e encaixa-se, portanto, no discurso girl power da primeira-mulher-presidenta do Brasil; segunda aplicação, recuperou o discurso de "mandona" que os dois cardeais petistas lhe haviam roubado.

Quanto ao procurador-geral, ele agora não acha onde se esconder. Foi dizimado como se fosse uma barata. Gleisi, não só dá um ar de lavanda ao ambiente, como serve também para exterminar insetos e até alguns animais domésticos como cães fiéis e gatos pardos.

Com Gleisi, percebe-se nitidamente, a Minha Casa Civil, Minha Vida pelo menos está aromatizada.

SANATÓRIO É CULTURA - A nova dona de Casa Cvil Mal Assombrada é paranaense, de origem alemã-judia, posto que seu Hofmann termina com dois ênes. Ela é Formada em Direito e especialista em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. 

Casada com Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma, ela tem dois filhos. Antes de Paulo Bernardo, o jornalista Neilor Toscan foi seu conjuge (!).

O PC do B foi, digamos assim, o seu primeiro partido político, culpa de sua militância no movimento estudantil. Bem antes de chegar aonde chegou, ela esteve na Itaipu Binacional. Daí para o PT foi um pulo. 

Inteligenta, não foi difícil tronar-se presidenta do PT no Paraná. Em 2008, quis ser prefeita de sua cidade natal, Curitiba, mas perdeu para Beto Richa. Em 2010 foi eleita senadora. Hoje, ela é muito mais PT que Dilma - velha pedetista, dos tempos em que os brizolistas falavam.

Isso, no entanto, não é o que basta para evitar que se movam inquietatemente os aguapés do lamaçal das diversas correntes partidárias dessa renascida República dos Calamares. O que vale agora é que a reforma ministerial do retomado governo Dilma já começou.