Antonio Palocci - O Fênix republicano, ao deixar o cargo, nesta quarta-feira de suas cinzas:
"Trabalhei na legalidade".
Gracinha. Só ele não sabe o que é legalidade e o que é legitimidade. Traficou influência e dançou. Saiu podre de rico.
Palocci é, para o governo Dilma - que acaba de ser retomado por ela, o que foi Matilde Ribeiro para o governo Lula - que só agora vai ter que desencarnar do poder.
Matilde dançou por causa - imagine! - do mau uso do cartão corporativo. Os outros usuários da sigilosa mordomia continuaram comprando, tapioca, perfume, coleirinha de cachorro na maior paz da terra dos homens de apetites irrefreáveis.
E por falar em Lula, será que aqueles 11 caminhões de mimos recebidos ao longo de oito aninhos de governo internacional e muitas visitas ao Palácio do Planalto, foram abarrotados de trastes, objetos variados, obras de arte e vestuário de todos os sexos, foram amealhados por ele e dona Marisa Letícia só porque ele era um ex-metalúrgico?!?
Aqui ó! Depois tu pita, na cola da cabrita!
Pois, o Palocci agora sai, detonado por acusações de "tráfico de influência", mas ficam incólumes e blindados todos os outros ministros que traficam de tudo um pouco, dentro da legalidade e da mais perfeita ilegitimidade.
Ou será que a dona Anna Buarque não sabe o que é devolver diárias que recebeu para passar fins de semana no Rio, onde é residente e domiciliada - bem do jeito que fez o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, desde hoje sorridente primeiro-marido da Casa Civil da República?!?
Palocci já não é ministro, já não é consultor, já não é o Mago do Programa de Aceleração do Crescimento de seu patrimônio, já não é mais nada... Só um bode expiatório.
RODAPÉ - Não é mais nada para você, homem de boa paz! Ele é tudo que outros desempregados do mesmo partido são hoje pelos subterrâneos da política e dos governos próximos ou distantes. Ele começa a ser hoje tudo o que são os Lulas, Dirceus, Delúbios, Berzoínis, essa gente boa "não comum" que vira o Brasil de cabeça pra baixo.
