CALOCCI, CAVALEIRO DA TRISTE FIGURA

Cada vez mais isolado - como se fosse o primeiro brasileiro a contrair o vírus E. coli - Calocci não quer largar o osso. Quem o conhece de perto garante que ele não vai pedir para sair. A dupla dinâmica que finge presidir o país também não vai fazer isso. De resto, o país inteiro quer que ele pegue o boné.

Calocci, o consultor de maior sucesso no mundo, repentinamente famoso pelo sucesso que alcançou com o Programa de Aceleração do Crescimento de seu patrimônio, é hoje - perdão, Cervantes -  um cavaleiro de triste figura.

Tão triste quanto a figura do Zé Sarney, no ano passado quando, cercado por uma dúzia de graves e indesmentíveis acusações, botou Super Bonder nos fundilhos e apegou-se à cadeira de presidente do Senado. Tão triste quanto a figura do Seu Encarnado, o Alter Ego daquele que não desencarna da Presidência.

Calocci é isso. Sem tirar nem pôr. Muito menos tirar. Uma reles, uma calhorda repetição dos Sarneys e Encarnados que não desencarnam e já começam, pela fortaleza de suas personalidades distorcidas, a proliferar nessa República. Os Macunaímas que se adonaram do Brasil só saem quando eles bem entendem.

Miriam Belchior, ao que tudo indica, ainda vai ter que esperar um bom bocado para assumir a chefia da Casa de Tolerância Civil da Presidência da República.